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" Ide por todo o mundo
e pregai o evangelho."
                 Marcos 16:15
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Lição da Escola Sabatina
Liberdade, não libertinagem (Gl 5:13)

Gálatas 5:13 marca uma importante mudança nessa epístola. Ao passo que até esse ponto Paulo havia se concentrado exclusivamente no conteúdo teológico de sua mensagem, ele agora se voltou para a questão do comportamento cristão.

4. De acordo com Gálatas 5:13, que possível abuso da liberdade Paulo queria evitar que os Gálatas cometessem?

Paulo estava consciente dos potenciais equívocos que acompanhavam sua ênfase na graça e na liberdade que os cristãos têm em Cristo (Rm 3:8; 6:1, 2). O problema, entretanto, não era o evangelho de Paulo, mas a tendência humana de ceder às próprias inclinações. As páginas da história estão repletas de relatos sobre pessoas, cidades e nações cuja corrupção e declínio ao caos moral estavam diretamente relacionados à sua falta de domínio próprio. Quem já não sentiu essa tendência na própria vida? Foi por isso que Paulo apelou aos seguidores de Jesus para que não satisfizessem a vontade da carne. Na verdade, ele queria que eles fizessem o contrário, como está no verso 13: “Sirvam uns aos outros mediante o amor” (NVI). Toda pessoa que serve aos outros por amor sabe que isso só pode ser feito mediante a morte para o eu e para a carne. Os que se entregam aos desejos da carne não tendem a servir aos outros.
Assim, nossa liberdade em Cristo não é meramente uma libertação da escravidão do mundo, mas um chamado para um novo tipo de serviço, a responsabilidade de servir aos outros por amor. É “a oportunidade de amar o próximo sem obstáculos, a possibilidade de criar comunidades com base na doação mútua e não na busca de poder e status” (Sam K. Williams, Galatians [Gálatas], Nashville, Tennessee: Abingdon Press, 1997, p. 145).
Devido à nossa familiaridade com o cristianismo e o estilo de linguagem das traduções modernas de Gálatas 5:13, é fácil ignorar o poder surpreendente que essas palavras devem ter transmitido aos gálatas. Em primeiro lugar, na língua grega, essas palavras indicam que o amor que motiva esse tipo de serviço não é o amor humano comum – isso seria impossível; o amor humano é muito condicional. Em segundo lugar, o uso que Paulo fez do artigo “o” (NVI) antes da palavra amor, em grego, indica que ele estava se referindo ao amor divino; o amor que recebemos unicamente por meio do Espírito (Rm 5:5). A verdadeira surpresa está no fato de que a palavra traduzida por “servir” é a palavra grega para “ser escravizado”. Nossa liberdade não é para nossa autonomia própria, mas para a escravidão mútua de uns para com os outros, com base no amor de Deus.

Você já pensou que poderia usar a liberdade que tem em Cristo para ceder, um pouquinho, ao pecado? O que há de tão ruim com esse tipo de pensamento?
Quarta-feira
Ano Bíblico: Ez 30–32
Marcos 16:15