Motivos do coração
Em uma lição anterior, mencionamos a história da oferta generosa da viúva pobre. Embora minúscula em comparação às outras dádivas, a oferta dela foi generosa porque mostrou a verdadeira natureza de seu caráter e coração, o que levou Jesus a dizer: “Esta viúva pobre deu mais do que todos” (Lc 21:3).
Só Deus (Tg 4:12) conhece nossa verdadeira motivação (Pv 16:2, veja também 1Co 4:5). É possível realizar ações certas pelos motivos errados. Doar da abundância que temos não requer muita fé, mas dar, com sacrifício, pelo bem dos outros, revela algo muito poderoso sobre nosso coração.
6. Leia 2 Coríntios 8:8-15. O que Paulo declarou em relação ao ato de doar e sobre os motivos para fazê-lo? Quais princípios de mordomia podemos extrair desse texto?
Seja qual for seu motivo para doar, ele vai do egoísmo ao altruísmo. A luta entre a avareza e a disposição para doar ocorre com mais frequência do que qualquer outra batalha espiritual. O egoísmo arrefece o coração antes inflamado por Deus. O problema surge quando convivemos pacificamente com o egoísmo em nossa experiência cristã. Ou seja, quando encontramos meios para justificá-lo, inclusive em nome de Cristo.
A conclusão de toda a questão se resume em uma palavra: amor. E o amor não pode ser manifestado sem abnegação, sem disposição de dar de si, ainda que haja sacrifício, para o bem dos outros.
A menos que o amor de Deus seja refletido em nossa vida, nossa doação não refletirá Seu amor. Um coração egoísta tende a amar apenas a si mesmo. Devemos pedir ao Senhor que circuncide nosso coração (Dt 10:16), para que possamos amar como somos amados.
O amor, o fundamento de toda verdadeira beneficência, resume toda benevolência cristã. O amor de Deus para conosco nos inspira a retribuir esse amor. Ele é verdadeiramente o motivo supremo para o ato de doar.
O que há de errado com uma oferta voluntária, dada mais por um senso de obrigação do que por um sentimento de amor?