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          Marcos 16:15
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Marcos 16:15
Lição da Escola Sabatina
 
Da arrogância à destruição
VERSO PARA MEMORIZAR: “É Ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; Ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes” (Dn 2:21).

LEITURAS DA SEMANA: Dn 5; Ap 14:8; 17:4-6; Sl 96:5; Cl 1:15-17; Rm 1:16-32; Ec 8:11

Em Daniel 5, a Palavra de Deus apresenta um poderoso exemplo da arrogância humana que terminou de maneira impressionante e dramática. Embora Nabucodonosor tivesse levado muito tempo para aprender a lição, pelo menos ele a aprendeu. Já seu neto, Belsazar, não. Ao usar os utensílios do templo em uma orgia no palácio, o monarca os profanou. Esse ato de sacrilégio correspondia não apenas a uma contestação a Deus, mas a um ataque ao próprio Senhor. Assim, Belsazar encheu o cálice de suas iniquidades, agindo de maneira semelhante ao chifre pequeno (veja Daniel 8), que atacou os fundamentos do santuário de Deus. Ao remover o domínio de Belsazar, Deus prenunciou o que Ele fará contra os inimigos de Seu povo nos últimos dias. Os eventos narrados em Daniel 5 ocorreram em 539 a.C., na noite em que Babilônia caiu diante do exército medo-persa. Nessa ocasião, ocorreu a transição do ouro para a prata, predita em Daniel 2.
Mais uma vez ficou evidente que Deus governa os assuntos do mundo.
Sábado à tarde
Domingo
O banquete de Belsazar

1. Leia Daniel 5:1-4; 1:1, 2. O que Belsazar fez de tão grave? Como isso revela seu verdadeiro caráter? Compare suas ações com Apocalipse 17:4-6. Quais paralelos encontramos?

O rei ordenou que os utensílios sagrados do templo de Jerusalém fossem usados como recipientes para beber. Nabucodonosor havia se apoderado dos vasos do templo de Jerusalém, mas os tinha colocado na casa do seu deus, o que mostra que pelo menos ele respeitava o status sagrado daqueles objetos. No entanto, da maneira mais profana, Belsazar transformou os vasos sagrados em utensílios usados em uma festa idólatra.
Enquanto bebiam nos objetos sagrados, os nobres de Belsazar “deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra” (Dn 5:4). Vale a pena observar que seis materiais foram mencionados. Os babilônios usavam o sistema sexagesimal (um sistema com base no número 60) em contraste com o sistema decimal usado hoje (que tem por base o número 10). Sendo assim, as seis categorias de deuses representam a totalidade das divindades babilônicas e, portanto, a plenitude do sistema religioso babilônico. Curiosamente, a ordem dos materiais segue a ordem dos componentes da estátua do sonho de Nabucodonosor, com exceção da madeira que substitui o barro. Como no sonho, a pedra aparece por último; embora nesse verso designe a composição material dos ídolos, a pedra também evoca o juízo de Deus sobre os impérios do mundo (veja Dn 2:44, 45), simbolizados por Babilônia.
Esse banquete serve como uma representação adequada da Babilônia do tempo do fim, conforme vista no livro do Apocalipse. Como Belsazar, a mulher, na Babilônia do tempo do fim, tem um cálice de ouro e oferece bebida contaminada às nações. Em outras palavras, por meio de falsas doutrinas e de um sistema de adoração distorcido, a Babilônia moderna atrai o mundo para o mal (Ap 17:4-6), alheia ao juízo que logo lhe sobrevirá.

De que maneira nossa sociedade e cultura profanam a verdade da Palavra de Deus? Como podemos ter cuidado para não participar dessa profanação, mesmo sutilmente? Apresente sua resposta para a classe no sábado.
Ano Bíblico: Lv 5-7
Ano Bíblico: Lv 1-4
Segunda-feira
Um visitante indesejado

2. Leia Daniel 5:5-8. O que aconteceu? Por que o rei reagiu de modo tão aflito? Qual é a semelhança entre esse relato e Daniel 2? Por que essa semelhança é importante? (Veja Sl 96:5; Cl 1:15-17)

Como Nabucodonosor havia feito em crises anteriores (Dn 2:2; 4:7), Belsazar chamou os astrólogos, os caldeus e os adivinhadores para esclarecer a misteriosa escritura na parede. E para ter a certeza de que eles dariam o melhor de si, o rei lhes prometeu honras extravagantes: (1) vestimenta de púrpura, uma cor usada pela realeza nos tempos antigos (Et 8:15); (2) uma corrente de ouro, que era um sinal de status social elevado (Gn 41:42); e (3) a posição de terceiro governante no reino. Essa última recompensa reflete com precisão as circunstâncias históricas de Babilônia naquela época. Visto que Belsazar era o segundo governante como co-regente junto ao seu pai, Nabonido, ele ofereceu a posição de terceiro governante. Mas, apesar das recompensas tentadoras, os sábios mais uma vez não apresentaram uma explicação.
Além de todos os seus pecados, o rei então tentou encontrar sabedoria no lugar errado. Os especialistas babilônicos não puderam descobrir o significado da mensagem. Ela estava escrita em sua própria língua, o aramaico, como veremos amanhã, mas eles não conseguiram entender o significado das palavras. Isso nos lembra do que o Senhor falou por meio de Isaías: “A sabedoria dos seus sábios perecerá, e a prudência dos seus prudentes se esconderá” (Is 29:14). Depois de citar esse verso, o apóstolo Paulo declarou: “Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não O conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação” (1Co 1:20, 21).
Algumas verdades são importantes demais para que os seres humanos tentem decifrá-las por si mesmos. Por essa razão, o Senhor é quem nos revela essas realidades.

Em vista do que estava para ocorrer em Babilônia, qual seria a importância das recompensas prometidas a Daniel? O que isso revela sobre a transitoriedade das coisas do mundo? Por que precisamos sempre ter em mente a perspectiva da eternidade em tudo o que fazemos?
Terça-feira
A chegada da rainha

3. Leia Daniel 5:9-12. O que a rainha disse sobre Daniel que o rei já devia saber? O que a aparente ignorância de Belsazar quanto à existência de Daniel nos revela sobre o rei? Assinale a alternativa correta:
A. (  )Revela que o rei desconsiderava o passado de Daniel e seu Deus.
B. (  )Mostra que ele amava o Deus de Daniel e queria conhecê-Lo.

Visto que o salão de banquetes havia sido tomado de confusão por causa da mensagem misteriosa na parede, a rainha entrou e deu instruções ao atordoado rei. Ela lembrou o monarca sobre Daniel, cuja habilidade para interpretar sonhos e resolver mistérios tinha sido demonstrada durante a época de Nabucodonosor. Se Belsazar fosse tão inteligente quanto seu antecessor, ele saberia a quem recorrer para descobrir o significado dessa escrita misteriosa. A intervenção da rainha se mostrou necessária para o rei, que naquele momento parecia totalmente perdido quanto ao que fazer. Suas palavras soam como uma repreensão a Belsazar por ele ter negligenciado a única pessoa no reino que poderia interpretar a escrita misteriosa. Além disso, ela apresentou verbalmente ao monarca o currículo de Daniel: o profeta tinha o Espírito do Deus Santo, luz, inteligência e sabedoria divina, espírito excelente, conhecimento; era capaz de compreender, interpretar sonhos, resolver mistérios e explicar enigmas; ele era o chefe dos magos, astrólogos, caldeus e adivinhos na época de Nabucodonosor (Dn 5:11, 12).
A essa altura, novamente nos perguntamos por que Belsazar ignorou Daniel. O texto não oferece uma resposta direta a essa pergunta, mas presumimos que, naquele momento, Daniel, após ter servido ao rei pelo menos até o terceiro ano de seu reinado (Dn 8:1, 27), não mais estava no serviço ativo. Um fator poderia ser a idade do profeta. Ele provavelmente estivesse com cerca de 80 anos, e é possível que o rei tivesse substituído a idosa liderança por uma geração mais jovem. O rei também pode ter decidido ignorar Daniel porque não queria se comprometer com o Deus dele. Mas seja qual for a razão ou a combinação de razões, continua a ser surpreendente que alguém com um registro de trabalho como o de Daniel pudesse ter sido esquecido tão cedo.

Leia Romanos 1:16-32. De que maneira vemos o princípio expresso nesses versos manifestado não apenas nessa história, mas no mundo de hoje?
Ano Bíblico: Lv 11, 12
Quarta-feira
Pesado e achado em falta

4. Leia Daniel 5:13-28. Qual foi a razão apresentada por Daniel para o iminente fim daquele rei? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.(  ) Ele havia se levantado contra o Senhor, trazendo os utensílios do templo para um banquete pagão, além de ter adorado deuses falsos.
B.(  ) Ele havia cobrado muitos impostos dos pobres.

Forçado pelas circunstâncias, o rei recorreu à consultoria de Daniel; porém, parece tê-lo feito com relutância. Isso revela mais sobre a sua atitude em relação ao Deus de Daniel do que em relação ao próprio Daniel.
Por sua vez, a resposta daquele idoso hebreu à oferta de recompensa do rei mostra suas prioridades e seu caráter. Também é provável que Daniel, conhecendo o significado das palavras misteriosas, percebesse a inutilidade da recompensa.
Daniel então fez três acusações ao rei.
Primeiramente, Belsazar havia ignorado completamente a experiência de Nabucodonosor. Caso contrário, ele teria se arrependido e se humilhado como seu antecessor.
Em segundo lugar, Belsazar havia utilizado os utensílios do templo para beber vinho e louvar seus ídolos. Nessa ocasião, Daniel mencionou, na mesma ordem apresentada anteriormente, os seis tipos de materiais usados para fazer ídolos.
Em terceiro lugar, o rei havia negligenciado a glorificação a Deus, Aquele “em cuja mão” estava a vida dele e todos os seus caminhos (Dn 5:23).
Tendo indicado os erros do rei, Daniel apresentou a interpretação. Vemos então que o grafite divino consistia em três verbos aramaicos (sendo que o primeiro foi repetido). O rei e seus sábios deveriam ter conhecido seu significado básico: MENE: “contado”; TEKEL: “pesado” e PERES [PARSIM]: “dividido”.
Com o exército medo-persa às portas de Babilônia, o rei e os sábios devem ter suspeitado de algum significado sinistro naquele escrito, mas os sábios não ousaram dizer nada desagradável ao rei. Somente Daniel provou ser capaz de decodificar a verdadeira mensagem em uma declaração que tivesse sentido, a fim de transmitir seu significado completo a Belsazar: “MENE: Contou Deus o teu reino e deu cabo dele. TEQUEL: Pesado foste na balança e achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e dado aos medos e aos persas” (Dn 5:26-28). Essas não foram palavras de conforto e ânimo.

O juízo chegou rapidamente ao rei. Como podemos confiar em Deus nos casos em que, para o presente, a justiça e o juízo ainda não chegaram? (Veja Ec 3:17; 8:11; Mt 12:36; Rm 14:12).
Ano Bíblico: Lv 13, 14
Quinta-feira
A queda de Babilônia

5. Leia Daniel 5:29-31 e Apocalipse 14:8; 16:19; 18:2. Como a queda da Babilônia de Belsazar aponta para a queda da Babilônia do fim dos tempos?

Quaisquer que fossem seus defeitos, Belsazar era um homem de palavra. Portanto, apesar das más notícias, ele ficou satisfeito com a interpretação dada por Daniel e, por essa razão, concedeu ao profeta os presentes prometidos. Parece que, admitindo a verdade da mensagem de Daniel, o rei reconhecia implicitamente a realidade do Deus dele. É interessante que o profeta, naquele momento, aceitou os presentes que havia recusado antes, provavelmente porque eles não podiam mais influenciar sua interpretação. Além disso, àquela altura, os presentes não tinham mais sentido já que o império estava prestes a cair. Portanto, talvez por uma questão de cortesia, o profeta aceitou as recompensas, sabendo que ele seria o terceiro governante do reino por apenas algumas horas.
Exatamente como foi anunciado pelo profeta, Babilônia caiu; e isso aconteceu rapidamente. Enquanto o rei e seus cortesãos bebiam, a cidade caiu sem sequer uma batalha. Segundo o historiador Heródoto, os persas cavaram um canal para desviar o rio Eufrates e marcharam para dentro da cidade pelo leito do rio. Naquela mesma noite, Belsazar foi morto. Seu pai, o rei Nabonido, já havia deixado a cidade, entregando-se mais tarde aos novos governantes. Assim chegou ao fim o maior império que a humanidade tinha conhecido até aquele momento. Babilônia, a cabeça de ouro, não mais existia.
“Belsazar havia recebido muitas oportunidades para conhecer e fazer a vontade de Deus. Ele tinha visto seu avô, Nabucodonosor, banido da sociedade dos homens. Ele tinha visto o intelecto, no qual o soberbo monarca se gloriava, ser levado por Aquele que o havia concedido. Ele tinha visto o rei ser expulso de seu reino e ser feito de companhia dos animais do campo. Mas o amor de Belsazar pela diversão e glorificação própria apagou as lições que ele jamais deveria ter esquecido. Além disso, ele havia cometido pecados semelhantes aos que trouxeram notáveis juízos sobre Nabucodonosor. O rei desperdiçou as oportunidades graciosamente concedidas a ele, deixando de usar as circunstâncias ao seu alcance para se familiarizar com a verdade” (Ellen G. White, Bible Echo, 25 de abril de 1898).

Quais oportunidades temos para nos tornar “familiarizados com a verdade”? O que isso significa? Quando poderemos dizer que estamos familiarizados com toda a verdade que precisamos saber?
Ano Bíblico: Lv 15, 16
Sexta-feira
Estudo adicional

Grandes banquetes eram comuns nas cortes do mundo antigo. Os reis gostavam de dar festas extravagantes para mostrar sua grandeza. Embora não conheçamos os detalhes desse banquete em particular, sabemos que ele aconteceu quando o exército medo-persa estava pronto para atacar Babilônia. Mas, humanamente falando, não havia motivo para preocupação. Babilônia tinha muros fortificados, estoque de comida para muitos anos e muita água, pois o rio Eufrates fluía pelo centro da cidade. O rei Belsazar não viu problema em fazer uma festa enquanto o inimigo rodeava a cidade. Ele ordenou uma celebração importante, que logo se degenerou em orgia. Quanta arrogância humana, em contraste com o poder divino! Por meio de Daniel, Deus disse ao rei que, apesar das oportunidades que ele tivera para descobrir a verdade, ele não havia glorificado o Senhor, em cuja mão estava a vida dele e todos os seus caminhos (Dn 5:23).
“A história das nações fala a nós hoje. Deus tem designado um lugar em Seu grande plano para cada nação e cada indivíduo. Homens e nações estão sendo hoje postos à prova pelo prumo na mão Daquele que não erra. Todos estão por sua própria escolha decidindo seu destino, e Deus está superintendendo tudo para a realização dos Seus propósitos” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 536).

Perguntas para discussão
1. De quais maneiras a sociedade e a cultura profanam a verdade de Deus? Como deveríamos, como igreja e como indivíduos, reagir a essas profanações?
2. O que é mais importante: o que sabemos ou nossa reação ao que sabemos? (Dn 5:22).
3. Quais princípios espirituais encontramos em Daniel 5:23? Como o texto nos adverte sobre a oposição a Deus? O que o texto revela sobre o Deus criador e mantenedor?
4. Mesmo sem saber o sentido das palavras, Belsazar ficou assustado (Dn 5:6). O que significa viver com uma consciência culpada?
Ano Bíblico: Lv 17-19
Ano Bíblico: Lv 8-10