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          Marcos 16:15
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Marcos 16:15
Lição da Escola Sabatina
 
Plano para um mundo melhor
VERSO PARA MEMORIZAR: “Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu Sou o Senhor” (Lv 19:18).

LEITURAS DA SEMANA: Êx 3:7; 22:21-23; Mt 22:37-40; Dt 14:22-29; 26:1-11; Lv 25:9-23

Em Sua misericórdia, Deus sempre manteve um relacionamento especial com algumas pessoas. Nas histórias de Enoque, Noé, Abraão, Isaque e Jacó – entre outras – vemos o anseio divino de reconstruir com o ser humano o relacionamento rompido. Mas isso não era apenas para o benefício desses poucos indivíduos e de suas famílias. A ligação deles com Deus e a bênção que eles receberam do Senhor fazia parte de um plano maior de reparar esse relacionamento e compartilhar a bênção com os outros. Deus disse a Abraão: “De ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! [...]; em ti serão benditas todas as famílias da Terra” (Gn 12:2, 3). Assim como Abraão foi abençoado, ele poderia ser uma bênção para os outros.
Essa bênção viria mediante a nação de Israel e, em última instância, por meio do Messias, que procederia dessa nação. Com a formação do povo de Israel, Deus passou a trabalhar com toda a nação. Então, Ele começou a lhes dar leis, estatutos, festas e práticas que seriam um estilo de vida, a fim de que os que fossem abençoados por Ele pudessem abençoar outras pessoas também.
Certamente esse princípio ainda existe hoje.
Sábado à tarde
Domingo
O Deus que ouve

“Certamente, vi a aflição do Meu povo, que está no Egito, e ouvi o seu clamor por causa dos seus exatores. Conheço-lhe o sofrimento” (Êx 3:7).
Quatrocentos anos de espera é muito tempo, especialmente em condições de escravidão cada vez mais cruel. Deus havia prometido que voltaria ao Seu povo e o tiraria do Egito. Porém, a cada geração o povo era abandonado à edificação da riqueza e do prestígio de seus opressores idólatras, e durante todo esse tempo parecia que Deus estava em silêncio.
Então, Deus Se manifestou de maneira singular. Ele apareceu em uma sarça ardente, no deserto distante, a um líder improvável, um príncipe fugitivo e humilde pastor chamado Moisés. A esse homem relutante Ele deu uma obra a fazer, e a primeira parte dessa obra consistia em retornar aos israelitas no Egito com a mensagem de que Deus havia ouvido e visto a opressão deles e de que, evidentemente, o Senhor Se importava. Na verdade, Deus estava prestes a fazer algo para mudar drasticamente a situação do Seu povo.

1. Leia Êxodo 3:16, 17. Por que era importante que Deus começasse descrevendo Seu plano ao povo com essa mensagem específica? O que chama sua atenção sobre essa declaração divina?

O Senhor tinha um plano para libertar Seu povo e conduzi-lo a uma terra melhor. Mas Sua intenção ia além disso. Ele não pretendia que Israel escapasse do Egito desprovido de recursos. Por centenas de anos, os israelitas contribuíram para a riqueza do Império Egípcio. Deus previu a resistência inicial de faraó, mas assegurou a Moisés que os israelitas seriam compensados por seus anos de trabalho árduo: “Eu darei mercê a este povo aos olhos dos egípcios; e, quando sairdes, não será de mãos vazias” (Êx 3:21).
Após muitos anos de opressão, Deus aproveitou a oportunidade para estabelecer um novo tipo de sociedade com esses ex-escravos. O Senhor desejava que eles vivessem de uma maneira diferente e estabelecessem um povo que continuasse sendo sustentável e viável. Seu plano previa que essa nova comunidade fosse um modelo para as nações vizinhas e, como foi planejado para Abraão, que as bênçãos que eles recebessem de Deus também abençoassem o mundo todo.

Deus vê o sofrimento das pessoas no mundo e ouve seus pedidos de ajuda. O que isso revela sobre Ele? Considere Êxodo 4:31.
Ano Bíblico: Sl 135-139
Ano Bíblico: Sl 120-134
Segunda-feira
Os Dez Mandamentos

2. Leia Mateus 22:37-40 e Êxodo 20:1-17. De que maneira o resumo que Jesus fez dos mandamentos nos ajuda a compreender cada um deles?

Os Dez Mandamentos são como uma Constituição. Depois de uma breve introdução que define o fundamento sobre o qual as declarações são feitas – nesse caso, o fato de Deus ter libertado Seu povo – o documento lista os princípios centrais sobre os quais a nação está alicerçada. Na lei de Deus existem ordens específicas sobre como o ser humano pode viver melhor seu amor a Deus e ao próximo. Não é de admirar que muitas nações com uma herança cristã tenham extraído o fundamento de suas leis desses princípios orientadores.
Embora algumas dessas declarações sejam breves, não devemos subestimar a amplitude de seu impacto nem a abrangência dos Dez Mandamentos como a lei da vida. Por exemplo, o sexto mandamento, “Não matarás” (Êx 20:13), resume e inclui “todos os atos de injustiça que tendem a abreviar a vida”, bem como “uma negligência egoísta de cuidar dos necessitados e sofredores” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 308). Semelhantemente, a proibição de furtar (veja Êx 20:15) condena o “tráfico de escravos e proíbe a guerra de conquista”. Ela “requer o pagamento de débitos e salários justos”, além de proibir “toda a tentativa de obter vantagem pela ignorância, fraqueza ou infelicidade de outrem” (Patriarcas e Profetas, p. 309).
Podemos facilmente dizer a nós mesmos que não somos pessoas ruins. Por exemplo, se não estivermos diretamente envolvidos em assassinatos ou furtos evidentes, pode parecer que estamos em boa situação. Mas ao falar sobre os mandamentos, Jesus deixou claro que eles não são cumpridos simplesmente pelo fato de deixarmos de realizar algumas ações específicas. Ao contrário, nossos pensamentos e motivações, e até a omissão em fazer coisas que sabemos que devemos fazer, podem ser transgressões da Lei de Deus (veja Mt 5:21-30).
Portanto, imagine uma sociedade na qual cada um dos Dez Mandamentos fosse levado a sério e vivido plenamente. Seria uma sociedade ativa e vibrante, em que todos entusiasticamente agiriam com base em seu amor a Deus, amando e cuidando uns dos outros.

Por que temos a tendência de interpretar os Dez Mandamentos de maneira restrita e limitada, muitas vezes ignorando as aplicações mais amplas desses importantes princípios em nossa vida? Por que a interpretação mais restrita é mais fácil de ser seguida na prática?
Terça-feira
Escravos, viúvas, órfãos e estrangeiros

3. Leia Êxodo 23:9. Qual é a mensagem de Deus para Israel nesse verso? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A. (  ) Oprimam o estrangeiro que vive em Israel.
B. (  ) A essência é: “Façam aos outros o que vocês desejam que façam a vocês”.

Como escravos recém-libertos, os israelitas sabiam o que era ser oprimido, explorado e marginalizado. Enquanto celebravam a liberdade, a
preocupação de Deus era de que eles se esquecessem de onde tinham vindo, o que era ser excluído e o que Ele havia feito para salvá-los. Ele instituiu a Páscoa como um evento memorial e uma oportunidade para recontar a história: “O Senhor com mão forte nos tirou da casa da servidão” (Êx 13:14).

4. Leia Êxodo 22:21-23. Quando Deus instruiu o povo quanto ao modo de tratar os menos afortunados em sua nova sociedade, por que foi importante lembrá-los de sua própria história de escravidão?

Os ecos mal haviam desaparecido, após a promulgação dos Dez Mandamentos, quando Moisés foi chamado a passar mais tempo com Deus. Ele então recebeu instruções detalhadas sobre como esses grandiosos mandamentos deviam ser vividos na sociedade israelita. Mesmo antes das instruções para construir o tabernáculo, Deus concedeu, em três capítulos, leis como, por exemplo, o tratamento apropriado dos escravos – leis que estavam em claro contraste com o tratamento que os israelitas haviam recebido. Havia leis que tratavam de crimes violentos, leis relacionadas à propriedade, leis para a vida cotidiana e princípios para estabelecer tribunais que implementassem essas leis e administrassem a justiça (veja Êx 21–23).
Entre essas leis, destacava-se a preocupação com os concidadãos nessa nova sociedade, bem como o cuidado com os estrangeiros e os mais vulneráveis. Essas pessoas não deveriam ser exploradas; elas receberam até direitos de acesso ao alimento de maneira a respeitar sua dignidade, como a possibilidade de recolher as sobras das colheitas. Esse tratamento para com os estrangeiros não era comum no mundo antigo. Ainda hoje alguns parecem esquecer os importantes princípios morais encontrados aqui em relação à maneira de tratar os outros.

Alguma lembrança o tornou mais compassivo e preocupado com o sofrimento ou a injustiça que atinge os outros? Qual?
Ano Bíblico: Sl 145-150
Quarta-feira
Segundo dízimo

Muitos cristãos reconhecem e seguem as instruções da Bíblia quanto à devolução do dízimo. Fundamentados no texto de Malaquias 3:10, devolvem 10% de seu rendimento – ou “lucro” – para sustentar a obra da igreja na disseminação do evangelho. Os dízimos são confiados às igrejas e estas geralmente têm diretrizes rígidas sobre a maneira de usar esses recursos, principalmente aplicando-os para o sustento do ministério direto e do evangelismo.

5. Leia Deuteronômio 14:22-29. Nessas instruções, qual é o objetivo primário do dízimo? Assinale a alternativa correta:
A. (  ) Dividir as bênçãos do dízimo com os levitas e sacerdotes nos anos regulares e a cada três anos com os estrangeiros, órfãos, etc.
B. (  ) Usar o dízimo apenas em benefício próprio.

A tentação é pensar que nossa doação está completa quando entregamos os 10%. Contudo, estudos sugerem que um israelita que vivia e doava de acordo com as diretrizes das leis levíticas daria regularmente entre 25% a 33% da renda do ano para a obra de Deus a fim de sustentar os sacerdotes e o santuário, bem como ajudar os pobres.
Alguns estudiosos descrevem essa doação – especialmente para sustentar os estrangeiros, órfãos e viúvas – como um segundo dízimo. Evidentemente, Deus prometeu abençoá-los, especialmente em sua nova terra, mas eles não deviam tomar essa bênção como garantida nem esquecer os desfavorecidos.
Em anos regulares, essa porção da colheita deveria ser levada ao santuário, mas a cada três anos as bênçãos deveriam ser compartilhadas com a comunidade. Nessas celebrações da colheita, os dízimos eram dados “ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que [comessem] dentro das [suas] cidades e se [fartassem]” (Dt 26:12).
De acordo com as instruções de Deus, pelo menos uma parte das doações dos israelitas deveria se concentrar em prover assistência financeira e prática aos necessitados. Isso estava fundamentado na lembrança do povo e no reconhecimento de como Deus havia sido misericordioso e justo para com eles.

Leia Deuteronômio 26:1-11. O que o Senhor estava dizendo ao povo? Como devemos aplicar isso à nossa atitude em relação aos necessitados?
Ano Bíblico: Pv 1-3
Quinta-feira
O ano do jubileu

Quando Se encontrou com os israelitas como um povo que não tinha uma pátria e que desejava chegar à terra prometida, Deus sabia a importância que a questão da terra passaria a ter quando eles estabelecessem sua nova sociedade em Canaã. Sob a supervisão divina, Josué liderou uma distribuição organizada da terra por tribos e grupos familiares.
Mas o Senhor também sabia que, com o tempo, a prosperidade, a oportunidade e os recursos ligados à posse da terra tenderiam a se concentrar nas mãos de poucos. Dificuldades familiares, problemas de saúde, más escolhas e outras adversidades poderiam fazer com que alguns proprietários de terras vendessem seus bens para obter ganhos a curto prazo ou simplesmente para sobreviver; porém, isso significava que a família poderia ficar desapropriada por sucessivas gerações.
A solução de Deus foi decretar que a terra jamais poderia ser vendida de maneira definitiva. Em vez disso, a terra seria vendida somente até o “ano do jubileu” seguinte, quando retornaria para a família a qual havia sido outorgada, e qualquer terreno vendido poderia ser resgatado pelo vendedor ou por outro membro da sua família a qualquer momento. Novamente, Deus lembrou o povo de seu relacionamento com Ele e como isso afetava sua relação com os outros: “Também a terra não se venderá em perpetuidade, porque a terra é Minha; pois vós sois para Mim estrangeiros e peregrinos” (Lv 25:23).

6. Leia Levítico 25:8-23. Como seria a sociedade se esses princípios fossem aplicados, especialmente as palavras “não oprimais ao vosso próximo”?

“Os estatutos que Deus havia estabelecido destinavam-se a promover a igualdade social. As disposições do ano sabático e do jubileu em grande medida poriam em ordem o que no período anterior havia ido mal na economia social e política da nação” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 534).
Os historiadores da Bíblia não têm certeza se esse ritmo econômico e social foi seguido plenamente por um período significativo (veja 2Cr 36:21). Mesmo assim, essas regras oferecem um vislumbre intrigante de como o mundo poderia funcionar se as leis de Deus fossem seguidas completamente. Além disso, elas destacam a preocupação especial de Deus para com os pobres e marginalizados, bem como Seu interesse em que a justiça seja manifestada de maneira prática em nosso mundo.
Ano Bíblico: Pv 4-7
Sexta-feira
Estudo adicional

Textos de Ellen G. White: Patriarcas e Profetas, p. 303-314 (“Israel Recebe a Lei”); p. 530-536 (“O Cuidado de Deus para com os Pobres”).
“Depois do reconhecimento dos direitos de Deus, nada há que mais caracterize as leis dadas por Moisés do que o espírito liberal, afetuoso e hospitaleiro ordenado para com os pobres. Embora Deus houvesse prometido abençoar grandemente Seu povo, não era Seu desígnio que a pobreza fosse inteiramente desconhecida entre eles. Ele declarou que os pobres nunca se acabariam na Terra. Sempre haveria entre Seu povo os que poriam em ação a compaixão, ternura e benevolência deles. Naquele tempo, como agora, as pessoas estavam sujeitas a contratempos, enfermidade e perda de propriedade. Entretanto, enquanto seguiram as instruções dadas por Deus, não houve mendigos entre eles, nem qualquer que sofresse fome” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 530, 531).
“Aqueles estatutos destinavam-se a abençoar os ricos não menos que os pobres. Restringiriam a avareza e a disposição para a exaltação própria e cultivariam um espírito nobre e de beneficência; e, alimentando a boa vontade e a confiança entre todas as classes, promoveriam a ordem social e a estabilidade do governo. Nós nos achamos todos entretecidos na grande trama da humanidade, e o que quer que possamos fazer para beneficiar e elevar os outros refletirá em bênçãos a nós mesmos” (Patriarcas e Profetas, p. 534, 535).

Perguntas para discussão
1. Do plano de Deus para Israel, qual lei ou estatuto chama sua atenção?
2. Nas leis de Deus para Seu povo, por que Ele Se concentra tanto nos mais vulneráveis?
3. Como devemos entender essas leis hoje? Quais delas são relevantes para nós? O que aprendemos com essas instruções a respeito da maneira pela qual os israelitas deveriam ordenar sua sociedade e sua vida?

Resumo:
Deus ouviu o clamor do povo de Israel no Egito e interveio para resgatá-lo. Ele desenvolveu uma aliança especial com eles e trabalhou com eles para estabelecer uma nova sociedade abençoada, mesmo para os esquecidos, marginalizados e vulneráveis.
Ano Bíblico: Pv 8-11
Ano Bíblico: Sl 140-144