Jesuseapalavra.com
" Ide por todo o mundo
e pregai o evangelho."
                 Marcos 16:15
Copyright©Todos os Direitos Reservados 2007-2017 Jesuseapalavra.com
Lição da Escola Sabatina
Os eleitos
VERSO PARA MEMORIZAR: “Terá Deus, porventura, rejeitado o Seu povo? De modo nenhum! Porque eu também sou israelita da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim” (Rm 11:1).

LEITURAS DA SEMANA: Rm 10; 11

A lição desta semana abrange Romanos 10 e 11, com um foco especial no capítulo 11. É importante ler os dois capítulos na íntegra a fim de continuar seguindo a linha de raciocínio de Paulo.
Esses dois capítulos foram e continuam sendo o ponto central de muitas discussões. Um ponto, no entanto, torna-se evidente em todas elas: Deus ama a humanidade e Seu grande desejo é ver todo ser humano salvo. Não há rejeição coletiva em termos de salvação. Romanos 10 deixa muito claro que “não há diferença entre judeu e grego” (Rm 10:12): todos são pecadores e todos precisam da graça de Deus concedida ao mundo por meio de Jesus Cristo. Essa graça chega a todos, não por nacionalidade, nem por nascimento, nem por obras da lei, mas pela fé em Jesus, que morreu como Substituto dos pecadores de todos os lugares. As funções podem mudar, mas o plano fundamental da salvação jamais mudará.
Paulo continuou com esse tema no capítulo 11. Como foi mencionado anteriormente, é importante entender que, quando Paulo falou sobre eleição e vocação, a questão não era a salvação, mas o plano de Deus para alcançar o mundo. Com relação à salvação, nenhum grupo foi rejeitado. Essa nunca foi a questão. Em vez disso, depois da cruz e da introdução do evangelho aos gentios, especialmente por meio de Paulo, o movimento inicial de cristãos – judeus e gentios – tomou para si a responsabilidade de evangelizar o mundo.
Sábado à Tarde
Ano Bíblico: 2 Timóteo
Ano Bíblico: Tito

Domingo
Cristo e a lei

1. Leia Romanos 10:1-4. Qual é a mensagem desses versos? Assinale a alternativa correta e reflita sobre como poderíamos, hoje, correr o risco de procurar
estabelecer nossa “própria justiça”.
A.( ) A justiça de Cristo não é suficiente para nos cobrir, portanto precisamos da nossa própria justiça.
B.( ) Devemos nos sujeitar à justiça de Deus, pois não temos justiça em nós mesmos.

O legalismo pode vir de muitas formas, algumas mais sutis do que outras. Aqueles que olham, mesmo com as melhores intenções, para si mesmos, para suas boas ações, dieta, estrita observância do sábado, todas as coisas ruins que não fazem, ou as coisas boas que já alcançaram, estão caindo na armadilha do legalismo. Em cada momento da nossa vida, devemos manter diante de nós a santidade de Deus em contraste com nossa pecaminosidade; esse é o meio mais seguro de nos proteger do tipo de pensamento que leva as pessoas a buscar sua “própria justiça”, contrária à justiça de Cristo.
Romanos 10:4 é um texto importante que capta a essência de toda a mensagem de Paulo aos romanos. Primeiramente, precisamos conhecer o contexto. Muitos judeus estavam “procurando estabelecer a sua própria [justiça]” (Rm 10:3) e buscando “a justiça decorrente da lei” (Rm 10:5). Porém, com a vinda do Messias, o verdadeiro caminho da justiça foi apresentado. A justiça foi oferecida a todos que fixassem sua fé em Cristo. Jesus era Aquele para quem o antigo sistema cerimonial apontava.
Mesmo que alguém inclua, nesses versos, os Dez Mandamentos na definição de lei, isso não significa que eles foram eliminados. A lei moral mostra nossos pecados, falhas, fraquezas e, assim, leva-nos à nossa necessidade de um Salvador, de perdão, de justiça (sendo todas essas coisas encontradas somente em Jesus). Nesse sentido, Cristo é o “fim” da lei, no sentido de que ela nos leva a Ele e à Sua justiça. A palavra grega para “fim” aqui é telos, que também pode ser traduzida como “meta” ou “propósito”. Cristo é o propósito final da lei, no sentido de que ela deve nos levar a Jesus.
Entender que esse texto ensina que os Dez Mandamentos, ou especificamente o quarto mandamento, tornaram-se inválidos, é tirar uma conclusão contrária a grande parte daquilo que Paulo e o Novo Testamento ensinam.

Você já se sentiu orgulhoso por ser bom, especialmente em comparação com os outros? Talvez você seja “melhor”, mas e daí? Compare-se com Cristo e pense em quanto você realmente é “bom”.
Ano Bíblico: Filemon
Segunda-feira
A eleição da graça

2. Leia Romanos 11:1-7. Qual ensino comum essa passagem nega de maneira clara e irrevogável?

Na primeira parte de sua resposta à pergunta: “Terá Deus, porventura, rejeitado o Seu povo?”, Paulo mostrou que há um remanescente, uma eleição da graça como prova de que Deus não tinha rejeitado Seu povo. A salvação está disponível a todos os que a aceitam, tanto judeus quanto gentios.
Devemos lembrar que os primeiros convertidos ao cristianismo eram todos judeus (por exemplo, o grupo convertido no dia de Pentecostes). Foi preciso uma visão especial e um milagre para convencer Pedro de que os gentios tinham igual acesso à graça de Cristo (At 10; compare com At 15:7-9) e de que o evangelho também deveria ser levado a eles.

3. Leia Romanos 11:7-10. Será que Paulo estava dizendo que Deus propositadamente cegou os israelitas que haviam rejeitado Jesus para que eles não enxergassem a salvação? O que há de errado com essa ideia? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Não. Deus elegeu todo o povo de Israel para a salvação. Uma parte da nação foi cegada em relação às funções que deviam desempenhar na causa de Deus.
B.( ) Sim, pois Deus privilegia alguns com a luz da salvação, enquanto outros são privados do evangelho.

Em Romanos 11:8-10, Paulo citou o Antigo Testamento, que os judeus aceitavam como autorizado. As passagens que Paulo citou retratam Deus dando a Israel
um espírito de entorpecimento, impedindo-o de ver e ouvir. Será que Deus cega os olhos das pessoas para impedi-las de ver a luz que as levaria à salvação? Jamais! Essas passagens devem ser compreendidas à luz da explicação de Romanos 9. Paulo não estava falando da salvação individual, pois, em relação à salvação, Deus não rejeita nenhum grupo de pessoas. Assim como tem sido o tempo todo, a questão aqui trata da função que essas pessoas desempenham em Sua obra.

O que há de errado com a ideia de que Deus rejeita grupos de pessoas em termos de salvação? Por que isso vai contra o ensino do evangelho, que em seu cerne mostra que Cristo morreu para salvar todos os seres humanos? No caso dos judeus, como essa ideia levou a resultados trágicos?
Ano Bíblico: Hb 1–3

Terça-feira
O ramo natural

4. Leia Romanos 11:11-15. Qual é a grande esperança apresentada por Paulo nesse texto?

Nessa passagem, encontramos duas expressões paralelas a respeito dos israelitas: (1) “a sua plenitude” (Rm 11:12) e (2) “a sua aceitação” (Rm 11:15, NVI). Paulo concebeu a decadência e a rejeição de Israel como sendo apenas temporárias; elas seriam seguidas pela plenitude e aceitação. Essa é a segunda resposta de Paulo à pergunta feita no início desse capítulo: “Terá Deus, porventura, rejeitado o Seu povo”? O que parecia ser uma rejeição, disse ele, era apenas uma situação temporária.

5. Leia Romanos 11:16-24. Qual é a mensagem de Paulo nesse texto?

Paulo comparou o remanescente fiel de Israel a uma oliveira nobre, cujos ramos “incrédulos” foram quebrados – uma ilustração que ele usou para provar que “Deus não rejeitou o Seu povo” (Rm 11:2). A raiz e o tronco permaneceram.
Os gentios cristãos foram enxertados nessa árvore. Contudo, eles estavam extraindo sua seiva e vitalidade da raiz e do tronco, que representavam, por sua vez, os judeus cristãos.
O que ocorreu com os judeus que rejeitaram Jesus também poderia ocorrer com os gentios cristãos. A Bíblia não ensina nenhuma doutrina em que alguém “uma vez salvo” está para “sempre salvo”. Assim como a salvação é livremente oferecida, ela pode ser livremente rejeitada. Embora devamos ter cuidado para não pensar que cada vez que caímos perdemos a salvação, ou que não somos salvos a menos que sejamos perfeitos, precisamos também evitar o oposto: a ideia de que, uma vez que a graça de Deus nos cobre, nenhum ato nosso nem qualquer escolha que façamos tirará de nós a salvação. No final, somente aqueles que permanecerem em Sua bondade (Rm 11:22) serão salvos.
Nenhum cristão deve se vangloriar de sua própria bondade nem se sentir superior aos seus semelhantes. Nossa salvação não foi obtida por merecimento; foi um presente. Diante da cruz e do padrão de santidade de Deus, somos todos iguais: pecadores que necessitam da graça divina e de uma santidade que só pode ser nossa por meio do Espírito Santo. Não há nada em nós do que nos vangloriar; devemos nos gloriar somente em Jesus e no que Ele fez por nós, ao vir a este mundo em natureza humana, sofrer nossas aflições, morrer pelos nossos pecados, dar-nos o exemplo de como viver e nos prometer o poder para viver à Sua maneira. Somos completamente dependentes dEle em tudo, pois sem Ele não teríamos nenhuma esperança além do que este mundo oferece.
Quarta-feira
Ano Bíblico: Hb 4–6
Todo o Israel será salvo

6. Leia Romanos 11:25-27. Quais acontecimentos importantes Paulo previu nessa passagem?

Há séculos, os cristãos têm discutido e debatido sobre Romanos 11:25-27. Alguns pontos, entretanto, são claros. Para começar, todo o conteúdo desses versos trata da ação divina para alcançar os judeus. O que Paulo estava dizendo é uma resposta à pergunta feita no início do capítulo: “Terá Deus, porventura, rejeitado o Seu povo”? Sua resposta, obviamente, foi não. Ele explicou que (1) a cegueira (do grego porosis, cujo significado é “endurecimento”, ARA) foi apenas “em parte” e (2) temporária, “até que chegasse a plenitude dos gentios” (Rm 11:25, NVI).
O que significa “a plenitude dos gentios”? Muitos entendem essa expressão como uma forma de representar o cumprimento da comissão evangélica, na qual todo o mundo ouvirá o evangelho. “A plenitude dos gentios” chegará quando o evangelho for pregado em toda parte. A fé de Israel, manifestada em Cristo, será universalizada. O evangelho terá sido pregado a todo o mundo. A vinda de Jesus está próxima. Nesse momento, então, muitos judeus começarão a vir a Jesus.
Outro assunto difícil é o significado da expressão “todo o Israel será salvo” (Rm 11:26). Isso não deve ser interpretado no sentido de que todo judeu, por algum decreto divino, terá a salvação no tempo do fim. As Escrituras não pregam em nenhuma parte o universalismo, seja para toda humanidade, seja para determinado segmento. Paulo esperava salvar “alguns deles” (Rm 11:14). Assim como ocorre em todos os grupos de pessoas, alguns aceitaram o Messias, outros O rejeitaram.
Comentando sobre Romanos 11, Ellen G. White falou de um tempo “na proclamação final do evangelho” em que “muitos judeus […] receberão a Cristo pela fé como seu Redentor” (Atos dos Apóstolos, p. 381).
“Há uma poderosa obra a ser feita no mundo. O Senhor declarou que os gentios serão recolhidos, e não somente os gentios, mas os judeus. Há entre os judeus muitos que serão convertidos e por meio de quem veremos a salvação de Deus sair como lâmpada ardente. Há judeus por toda parte, e a eles deve ser levada a luz da verdade presente. Há entre eles muitos que virão para a luz e que proclamarão a imutabilidade da lei de Deus com admirável poder” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 578).

Pense nas raízes judaicas da fé cristã. Um estudo seletivo da religião judaica poderia ajudá-lo a entender melhor sua fé cristã?
Ano Bíblico: Hb 7–9
Quinta-feira
A salvação dos pecadores

O amor de Paulo por seu povo fica claramente evidente em Romanos 11:25-27. Deve ter sido muito difícil para ele se opor a alguns de seus próprios compatriotas e vê-los lutar contra a verdade do evangelho. No entanto, em meio a tudo isso, ele ainda acreditava que muitos reconheceriam Jesus como o Messias.

7. Leia Romanos 11:28-36. De que maneira Paulo mostrou o amor de Deus, não apenas pelos judeus, mas por toda a humanidade? Como ele expressou o poder maravilhoso e misterioso da graça de Deus?

Ao longo de Romanos 11:28-36, embora seja apresentado um contraste entre judeus e gentios, um ponto fica claro: a misericórdia, o amor e a graça de Deus são derramados sobre os pecadores. Desde antes da fundação do mundo, o plano de Deus era salvar a humanidade e usar outros seres humanos e nações como instrumentos em Suas mãos para cumprir Sua vontade.

8. Leia Romanos 11:31 com atenção e oração. Qual ponto importante devemos extrair desse texto sobre nosso testemunho, não apenas aos judeus, mas para todas as pessoas com quem entramos em contato?

Ao longo dos séculos, se a igreja cristã tivesse tratado melhor os judeus, muitos mais poderiam ter aceitado o Messias. A grande apostasia nos primeiros séculos depois de Cristo e a paganização extrema do cristianismo, inclusive a rejeição do sábado em favor do domingo – certamente não tornaram mais fácil a situação para que os judeus fossem atraídos para Jesus.
Portanto, é fundamental que todos os cristãos, percebendo a misericórdia que lhes foi dada em Cristo, demonstrem essa misericórdia para com outros. Não podemos ser cristãos sem essa manifestação de compaixão (veja Mt 18:23-36).

Você precisa demonstrar misericórdia a alguém que não merece? Mostre misericórdia a essa pessoa, não importa quanto isso seja difícil. Afinal de contas, não foi isso que Jesus fez por nós?
Ano Bíblico: Hb 10, 11

Sexta-feira
Estudo adicional

Leia, de Ellen G. White, “Perante o Sinédrio”, p. 77-79; “De Perseguidor a Discípulo”, p. 112-114; “Carta de Roma”, p. 474, 475, em Atos dos Apóstolos; “Trabalho em Favor de Classes Especiais”, p. 573-577, em Evangelismo; “O Que Pregar e O Que Não Pregar”, p. 155, 156, em Mensagens Escolhidas, v. 1.
“Não obstante a falha de Israel como nação, havia entre eles um considerável remanescente em condições de ser salvo. No tempo do advento do Salvador, houve homens e mulheres fiéis que receberam com alegria a mensagem de João Batista, e foram assim levados a estudar de novo as profecias referentes ao Messias. Quando a igreja cristã primitiva foi fundada, ela era composta desses fiéis judeus que reconheceram Jesus de Nazaré como Aquele cujo advento haviam almejado” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 376, 377).
“Há entre os judeus alguns que, como Saulo de Tarso, são poderosos nas Escrituras, e esses proclamarão com maravilhoso poder a imutabilidade da lei de Deus […]. Quando Seus servos trabalharem com fé pelos que há muito têm sido negligenciados e desprezados, Sua salvação será revelada” (ibid., p. 381).
“Ao serem as Escrituras do Antigo Testamento combinadas com o Novo numa explanação do eterno propósito de Jeová, isso será para muitos judeus como o raiar de uma nova criação, a ressurreição da esperança. Ao verem o Cristo da dispensação do evangelho retratado nas páginas das Escrituras do Antigo Testamento, e perceberem quão claramente o Novo Testamento explica o Antigo, suas adormecidas faculdades despertarão e eles reconhecerão Cristo como o Salvador do mundo. Muitos receberão a Cristo pela fé como seu Redentor” (ibid., p. 381).

Perguntas para discussão
1. Visto que a lei de Deus, especialmente o sábado, será enfatizada nos últimos dias, não é razoável pensar que os judeus desempenharão uma função em ajudar a esclarecer algumas questões diante do mundo, visto que muitos deles são tão zelosos quanto os adventistas do sétimo dia em relação aos Dez Mandamentos?
2. Por que a Igreja Adventista do Sétimo Dia deve ser a igreja mais bem-sucedida em alcançar os judeus? O que você ou sua igreja podem fazer para alcançá-los?
3. O que podemos aprender com os erros de muitas pessoas do antigo Israel? Como podemos evitar essas mesmas coisas hoje?
Marcos 16:15