" Ide por todo o mundo e pregai o evangelho
          Marcos 16:15
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Marcos 16:15
Lição da Escola Sabatina
 
“A fim de que todos sejam um”
VERSO PARA MEMORIZAR: “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em Mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és Tu, ó Pai, em Mim e Eu em Ti, também sejam eles em Nós; para que o mundo creia que Tu Me enviaste” (Jo 17:20, 21).

LEITURAS DA SEMANA: Jo 5:20-23; 13:18-30; 17:1-26; 1Jo 2:3-6; 5:19; Mc 9:38-41; Ap 18:4

O Evangelho de João revela as preocupações imediatas de Jesus, à medida que Sua traição e morte surgiam no horizonte. Em cinco capítulos cruciais (Jo 13–17), Jesus apresentou Suas últimas instruções, que culminaram com o que, por vezes, tem sido chamado de “oração sacerdotal” (Jo 17).
“É uma designação apropriada, pois nessa oração, nosso Senhor consagrou-Se ao sacrifício em que Ele foi, simultaneamente, sacerdote e vítima. Ao mesmo tempo, é uma oração de consagração em favor daqueles por quem o sacrifício foi oferecido – os discípulos que estavam presentes no cenáculo e os que posteriormente viriam a crer mediante o testemunho deles” (F. F. Bruce, The Gospel of John [O Evangelho de João]; Grand Rapids: Eerdmans, 1983, p. 328).
No centro dessa oração está a preocupação de Jesus com a unidade entre Seus discípulos e entre os que futuramente viriam a crer Nele. Esse foi um tema fundamental em Sua oração (Jo 17:9, 10).
Nenhuma discussão significativa sobre a unidade da igreja (sobre nossa unidade em Cristo) pode estar completa sem uma atenção minuciosa a essa oração. Pelo que Jesus orou? Por quem Ele orou? O que Sua oração significa para nós hoje?
Sábado à tarde
Domingo
Jesus orou por Si mesmo

A oração sacerdotal é dividida em três partes. Primeiramente, Jesus orou por Si (Jo 17:1-5), em seguida por Seus discípulos (Jo 17:6-19) e, por fim, pelos que posteriormente viriam a crer Nele (Jo 17:20-26).

1. Leia João 17:1-5. Qual é a essência de Sua oração, e o que ela significa para nós?

Primeiramente, Jesus intercedeu por Si mesmo. Em eventos anteriores, no Evangelho de João, Jesus havia indicado que Sua hora ainda não tinha chegado (Jo 2:4; 7:30; 8:20). Mas agora Ele sabia que aquela era a hora de Seu sacrifício. Havia chegado o momento do dramático fim de Sua vida terrestre, e Ele precisava de forças para completar Sua missão. Era hora de orar.
Jesus glorificaria o Pai fazendo Sua vontade, mesmo que isso significasse suportar a cruz. Sua aceitação da cruz não era uma espécie de fatalismo. Em vez disso, era Sua maneira de exercer a autoridade que o Pai Lhe tinha dado. Ele não morreu como mártir, mas voluntariamente glorificou Seu Pai ao cumprir o motivo de Sua encarnação: Sua morte sacrificial na cruz pelos pecados do mundo.

2. De acordo com João 17:3, o que é a vida eterna? O que significa conhecer a Deus? Complete as lacunas:
“E a vida eterna é esta: que Te __________ a Ti, o único ___________ verdadeiro, e a ________, a quem enviaste” (Jo 17:3).

Em primeiro lugar, Jesus disse que a vida eterna consiste em nosso conhecimento pessoal de Deus. Não é salvação pelas obras nem pelo conhecimento, mas a experiência de conhecer o Senhor por causa do que Cristo fez por nós na cruz. Esse conhecimento é mediado por um relacionamento pessoal com o Pai. Nossa tendência humana é limitar o conhecimento aos fatos e detalhes, mas Jesus buscou algo mais profundo e gratificante: um relacionamento pessoal com Deus. O primeiro advento de Cristo também teve o propósito de guiar a humanidade em sua busca por um conhecimento mais significativo e salvífico de Deus e a unidade de uns com os outros à qual esse conhecimento conduz.

Qual é a diferença entre conhecer sobre Deus e conhecê-Lo pessoalmente? O que ajudou você a conhecer o Senhor?
Ano Bíblico: Mc 1–3

Ano Bíblico: Mt 27, 28

Segunda-feira
Jesus orou por Seus discípulos

3. Leia João 17:9-19. Sobre o que Jesus orou especificamente em relação a Seus discípulos? Assinale a alternativa correta:
A.(   ) Ele orou para que os discípulos prosperassem financeiramente.
B.(   ) Ele orou para que os discípulos fossem protegidos do mal.

Em seguida, Jesus orou por Seus discípulos, que estavam em grave perigo de perder sua fé Nele nos dias vindouros, quando Ele, Jesus, não mais estivesse com eles fisicamente. Portanto, Ele os confiou ao cuidado de Seu Pai.
Jesus orou pela proteção deles no mundo. Sendo assim, Ele não orou pelo mundo, pois sabia que este, intrinsecamente, se opõe à vontade do Pai (1Jo 5:19). Mas, visto que o mundo era o lugar em que os discípulos realizariam seu serviço, Jesus orou para que eles fossem preservados do mal no mundo. Cristo Se interessa pelo mundo. Na verdade, Ele é seu Salvador. Mas a propagação do evangelho estava ligada ao testemunho daqueles que pregariam as boas-novas. Por essa razão, Jesus precisou interceder por eles para que o maligno não os derrotasse (Mt 6:13).
Contudo, um discípulo foi derrotado. No início daquela noite, Jesus havia mencionado que um deles tinha decidido traí-Lo (Jo 13:18-30). Embora Jesus tenha Se referido ao fato de que as Escrituras haviam predito a traição (Sl 41:9), Judas não foi vítima do destino. Durante a última ceia, Jesus apelou a ele em um gesto de amor e amizade (Jo 13:26-30). “À ceia pascoal Jesus provou Sua divindade, ao revelar os desígnios do traidor. Incluiu ternamente Judas no serviço prestado aos discípulos. Mas o último apelo de amor foi desatendido” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 720).
Sabendo que a inveja e os ciúmes poderiam dividir os discípulos, como havia acontecido algumas vezes antes, Jesus orou pela unidade deles. “Pai santo, guarda-os em Teu nome, que Me deste, para que eles sejam um, assim como Nós” (Jo 17:11). Essa unidade está além da realização humana. Ela somente pode ser o resultado e o dom da graça divina. A unidade deles estava fundamentada na unidade do Pai e do Filho, e era um pré-requisito indispensável para o serviço eficaz no futuro.
A santificação ou consagração dos discípulos à verdade também era indispensável para o serviço. A obra da graça de Deus no coração dos discípulos os transformaria. Mas se eles quisessem testemunhar da verdade divina, eles mesmos deviam ser transformados por ela.

O que significa “não ser do mundo”? O que faz com que não sejamos deste mundo?
Terça-feira
“Por aqueles que vierem a crer em Mim”

Após orar por Seus discípulos, Jesus ampliou Sua oração a fim de incluir aqueles que viriam a crer Nele, por intermédio da palavra dos discípulos (Jo 17:20).

4. De acordo com João 17:20-26, qual era o maior desejo de Jesus para os que creriam no evangelho? Por que é importante que essa oração seja cumprida?

Como o Pai e o Filho são um, Jesus orou para que os futuros cristãos também fossem um. Jesus Se referiu à unidade do Pai e do Filho. Eles nunca agem independentemente um do outro, mas estão sempre unidos em tudo o que fazem (Jo 5:20-23). Eles compartilham amor pela humanidade caída, de tal maneira que o Pai Se dispôs a dar Seu Filho pelo mundo, e o Filho, a dar Sua vida por ele também (Jo 3:16; 10:15).
A unidade à qual Jesus Se referiu nessa oração é uma unidade de amor e propósito, como a que há entre Pai e Filho (Jo 13:35). Manifestar essa unidade em amor confirmaria publicamente tanto o relacionamento dos discípulos com Jesus quanto com o Pai. “A manifestação da unidade genuína dos discípulos devia apresentar convincente testemunho da verdade do evangelho” (Andreas J. Köstenberger, John, Baker Exegetical Commentary on the New Testament. Grand Rapids: Baker Academic, 2004, p. 498). Assim o mundo saberá que Jesus é o Salvador. Em outras palavras, essa unidade pela qual Jesus orou não é invisível. Como o mundo pode se convencer da veracidade do evangelho se não vê amor nem unidade entre o povo de Deus?
“Deus está conduzindo um povo para ficar em perfeita unidade sobre a plataforma da verdade eterna [...]. É o desígnio de Deus que Seu povo chegue todo à unidade da fé. A oração de Cristo pouco antes de Sua crucifixão foi que Seus discípulos fossem um, assim como Ele era um com o Pai, para que o mundo cresse que o Pai O enviara. Essa tocante e maravilhosa oração vem através dos séculos, até nossos dias; pois Suas palavras foram: ‘E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em Mim’ (Jo 17:20)”.
“Com que diligência os professos seguidores de Cristo devem buscar responder em sua vida esta oração!” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 17).

Como podemos ajudar a igreja a alcançar essa unidade? Por que “morrer para o próprio eu” é crucial, se quisermos que nossa igreja seja unida como deve ser?
Ano Bíblico: Mc 7–9
Quarta-feira
Unidade entre cristãos

5. Leia Marcos 9:38-41 e João 10:16. O que a resposta de Jesus ao apóstolo João ensina sobre exclusivismo e julgamentos precipitados quanto à identidade dos verdadeiros seguidores de Jesus?

Os adventistas entendem que a oração de Jesus, em João 17, tem aplicação direta à unidade da igreja. Devemos estar unidos para cumprir nossa missão de compartilhar com o mundo as três mensagens angélicas. Sobre esse assunto não há discordância.
Mas, e quanto à unidade com outros cristãos? Como devemos nos relacionar com eles à luz da oração de Jesus?
Deus tem fiéis em outras igrejas, mesmo em Babilônia (Ap 18:4). Ao mesmo tempo, sabemos que existe uma apostasia entre os que professam o nome de Cristo e que, nos últimos dias, muitos falsos cristãos se unirão uns com os outros e com o Estado para realizar a perseguição representada vividamente em Apocalipse 13:1-17. Portanto, os adventistas são cautelosos quanto ao envolvimento em convocações em favor da unidade com outras igrejas, como é visto no movimento ecumênico.
Como, então, devemos nos relacionar com outras denominações? Ellen G. White escreveu o seguinte a respeito do trabalho em conjunto com outros cristãos, sobre uma questão específica: “Submetendo o agente humano sua vontade à vontade de Deus, o Espírito Santo impressionará o coração daqueles a quem o agente humano ministra. Foi-me mostrado que não devemos evitar o contato com os membros da União Feminina de Temperança Cristã. Unindo-nos com elas no esforço pela abstinência total não estamos mudando nossa posição sobre a observância do sétimo dia, e podemos mostrar nossa apreciação pela posição delas na questão da temperança. Abrindo-lhes a porta e convidando-as a se unirem conosco no que respeita à temperança, garantimo-nos seu auxílio nesse setor; e elas, unindo­-se conosco, ouvirão novas verdades com as quais o Espírito espera impressionar os corações” (Beneficência Social, p. 163).
Embora estivesse lidando com um problema específico em um momento específico, Ellen White apresentou princípios a respeito da nossa relação com outros cristãos, especialmente na questão da união em torno de uma causa.
Primeiramente, podemos trabalhar com outros cristãos em interesses sociais comuns. Em segundo lugar, se nos unirmos a eles, devemos fazê-lo de maneira a não comprometer nossas crenças nem práticas. Em terceiro lugar, podemos e devemos usar essa “unidade” para compartilhar as preciosas verdades com as quais fomos abençoados.
Ano Bíblico: Mc 10–12
Quinta-feira
Uma fé compartilhada em amor

6. Em João 17:3, Jesus disse que a vida eterna é conhecer a Deus. De acordo com 1 João 2:3-6, o que significa conhecer a Deus? Como demonstramos nosso conhecimento de Deus?

Embora as pessoas se considerem cidadãs que respeitam a lei, muitas vezes, elas minimizam a obrigação bíblica de guardar os mandamentos de Deus. Alguns até argumentam que a graça de Deus anula a Sua lei. Mas esse não é o ensinamento bíblico: “Guardar os mandamentos não é uma condição para conhecer a Deus, mas um sinal de que O conhecemos e O amamos. Portanto, o conhecimento de Deus não é apenas um conhecimento teórico, mas conduz à ação” (Ekkehardt Mueller, The Letters of John [As cartas de João]. Nampa, Idaho: Pacific Press, 2009, p. 39). O próprio Jesus enfatizou: “Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos” (Jo 14:15; compare com 14:21). “Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e praticamos os Seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus: que guardemos os Seus mandamentos; ora, os Seus mandamentos não são penosos” (1Jo 5:2, 3).

7. De acordo com João 13:34, 35, que novo mandamento Jesus deu aos Seus discípulos? Como isso se relaciona com a unidade entre os cristãos?

O mandamento de amar o próximo não era novo em si mesmo, pois é encontrado nas ordens e instruções que Deus deu a Moisés (Lv 19:18). O que há de novo é o mandamento de Jesus aos discípulos para que amassem uns aos outros como Ele os tinha amado. O exemplo do amor abnegado de Jesus é a nova ética para a comunidade cristã.
Que padrão maravilhoso foi estabelecido! A vida de Jesus foi uma demonstração prática do amor. Toda a obra da graça é um serviço contínuo de amor e esforço abnegado. A vida de Cristo foi uma manifestação incessante de amor e desprendimento pelo bem dos outros. O princípio que moveu Jesus deve mover Seu povo no seu trato de uns para com os outros. Que testemunho poderoso esse amor será para o mundo! E também que força poderosa em favor da unidade entre nós esse amor proporcionará!

Como podemos revelar aos outros o amor abnegado que Jesus nos revelou?

Ano Bíblico: Mc 13, 14
Sexta-feira
Estudo adicional

Leia “A imutável Lei de Deus”, p. 443-446, em O Grande Conflito; “Denominations, Relations to Other” [Relações com Outras Denominações], p. 763, 764, e “Roman Catholic Church”, p. 1.110, em Ellen G. White Encyclopedia.
“Os adventistas não afirmam ser a igreja universal de Cristo. A igreja universal é mais ampla do que qualquer denominação. É visível e invisível na medida em que consiste naqueles que creem em Jesus e O seguem. Essa questão teológica específica é destacada se considerarmos a apostasia entre os cristãos, abordada de maneira contundente no livro do Apocalipse. A igreja pura (Ap 12) é contrastada com a “meretriz” (Ap 17), Babilônia, a grande cidade que, por sua vez, é contrastada com a noiva do Cordeiro, a cidade santa ou a Nova Jerusalém (Ap 21 e 22). No primeiro século, a igreja universal pode ter sido visível. É muito mais difícil e complexo vê-la, por exemplo, durante a Idade Média.
“[...] A verdadeira igreja é composta por aqueles que creem Nele. Deus os conhece. Os adventistas, por outro lado, afirmam ser o remanescente visível e especial do tempo do fim, de Apocalipse 12:17 e dos capítulos 12–14. Esse remanescente possui um caráter local e universal” (Ap 2:24; 12:17; Ekkehardt Mueller, “The Universality of the Church in the New Testament”, em Ángel Manuel Rodríguez, ed., Message, Mission and Unity of the Church. Silver Spring, Md.: Biblical Research Institute, Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, 2013, p. 37).

Perguntas para discussão
1. Por que o cumprimento da oração de Jesus (Jo 17) é tão importante? O que o desejo de Cristo pela unidade da igreja do 1o século revela sobre Seu desejo para a igreja hoje?
2. Sua igreja trabalha com outras igrejas? Como atuar com elas e manter a verdade?
3. Como alcançar a unidade? “Se o professo povo de Deus recebesse a luz como lhe refulge da Sua Palavra, alcançaria a unidade pela qual Cristo orou” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 379).

Resumo:
A oração de Jesus (Jo 17) é um lembrete de que Cristo Se preocupa com a unidade. Devemos solidificar nossa fé na Bíblia. O amor de uns pelos outros também deve caracterizar nossos relacionamentos.
Ano Bíblico: Mc 15, 16
Ano Bíblico: Mc 4–6