" Ide por todo o mundo e pregai o evangelho
          Marcos 16:15
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Marcos 16:15
Lição da Escola Sabatina
 
Unidade na fé
VERSO PARA MEMORIZAR: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4:12).

LEITURAS DA SEMANA: At 1:11; 4:8-12; Mt 25:1-13; Hb 9:11, 12; Êx 20:8-11; 1Co 15:51-54

Em 1888, os adventistas do sétimo dia viveram um período de intenso debate sobre interpretações de alguns textos bíblicos fundamentais. Enquanto os pastores e líderes da igreja discutiam a identidade dos dez chifres da profecia de Daniel 7 e a lei em Gálatas 3:24, poucos perceberam como a atitude hostil de uns contra os outros destruía sua comunhão e amizade e, assim, prejudicava a unidade e a missão da igreja.
Ellen G. White lamentou profundamente essa situação e encorajou todos os envolvidos nessas discussões a pensar cuidadosamente sobre sua relação com Jesus e como nosso amor por Ele deve ser demonstrado em nossa conduta, especialmente quando discordamos. Ela também disse que não devemos esperar que todos na igreja concordem a respeito de todos os pontos de interpretação de todos os textos bíblicos.
Mas ela também enfatizou que devemos buscar unidade de entendimento quando se trata de crenças fundamentais adventistas (veja Ellen G. White, O Outro Poder – Conselhos para Escritores e Editores, p. 28-32). Nesta semana, examinaremos alguns ensinamentos bíblicos fundamentais que nos tornam adventistas e que moldam nossa unidade na fé.
Sábado à tarde
Domingo
Salvação em Jesus

Como adventistas do sétimo dia, temos muito em comum com outras denominações cristãs. No entanto, nosso conjunto de crenças forma um sistema singular de verdades bíblicas que ninguém mais no mundo cristão tem proclamado. Essas verdades nos definem como o remanescente de Deus do tempo do fim.

1. De acordo Atos 4:8-12 e 10:43, que importância Pedro deu a Jesus Cristo em sua compreensão do plano da salvação? Assinale a alternativa correta:
A. (  ) Toda a importância. Não há salvação em nenhum outro, senão em Jesus.
B. (  ) Pouca importância. Jesus fez Sua parte, mas somos salvos pelas obras.

O apóstolo Paulo disse aos coríntios que a boa notícia era “que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (2Co 5:19). A morte de Cristo é a nossa reconciliação com o Pai, uma ponte sobre o abismo deixado pelo pecado e pela morte. Durante séculos, os cristãos têm refletido sobre o significado da morte de Jesus, da ressurreição e da reconciliação que Ele veio realizar. Esse processo de reconciliação foi denominado expiação, traduzida do inglês atonement, uma antiga palavra que originalmente significava “at-­one-ment”, ou seja, “a condição de estar como um” com os outros, ou estar de acordo. Assim, a expiação denota harmonia em um relacionamento, e quando há distanciamento ou desavenças, essa harmonia é o resultado da reconciliação. A unidade da igreja é, portanto, um dom dessa reconciliação.

2. O que as seguintes passagens ensinam sobre o significado da morte e ressurreição de Jesus?
Rm 3:24, 25:
1Jo 2:2:
1Jo 4:9, 10:
1Pe 2:21-24:

Embora tenhamos a crença na morte e ressurreição de Cristo em comum com muitas outras igrejas cristãs, nós a proclamamos no contexto do “evangelho eterno” (Ap 14:6), como parte das três mensagens angélicas de Apocalipse 14:6-12. Como adventistas do sétimo dia, enfatizamos essas mensagens, o que nenhuma outra denominação cristã faz.

Por que devemos manter sempre diante de nós a realidade da morte e da ressurreição de Cristo e a esperança que ela nos oferece?

Ano Bíblico: Rm 8–10

Ano Bíblico: Rm 5–7
Segunda-feira
A segunda vinda de Cristo

Os apóstolos e os primeiros cristãos consideravam o retorno de Cristo a “bendita esperança” (Tt 2:13), e esperavam que todas as profecias e promessas das Escrituras fossem cumpridas no segundo advento de Cristo. Os adventistas do sétimo dia ainda mantêm firme essa convicção. Na verdade, nosso nome, “adventistas”, afirma isso inequivocamente. Todos os que amam a Cristo aguardam com expectativa o dia em que poderão compartilhar a comunhão face a face com Ele. Até aquele dia, a promessa da segunda vinda de Cristo exercerá uma influência unificadora sobre nós como povo de Deus.

3. Com base nas seguintes passagens, como será o retorno de Cristo? Qual é a diferença entre esses ensinos e as noções populares sobre Seu retorno? At 1:11; Mt 24:26, 27; Ap 1:7; 1Ts 4:13-18; Ap 19:11-16

A Bíblia assegura repetidamente que Jesus virá outra vez para reivindicar Seu povo redimido. Não devemos especular sobre o momento em que esse evento ocorrerá, pois o próprio Jesus afirmou: “A respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos Céus, nem o Filho, senão o Pai” (Mt 24:36). Não sabemos quando Cristo voltará. Além disso, fomos informados de que não podemos conhecer esse tempo.
No fim de Seu ministério terrestre, Jesus contou a parábola das dez virgens (Mt 25:1-13) para ilustrar a experiência da igreja enquanto aguarda Sua segunda vinda. Os dois grupos de virgens representam dois tipos de cristãos que professam aguardar a volta de Jesus. Superficialmente, os dois grupos parecem iguais; mas quando há uma demora em relação à vinda de Cristo, a diferença real entre eles se torna óbvia. Apesar da demora, um grupo havia mantido sua esperança viva e feito a preparação espiritual adequada. Com essa parábola, Jesus desejava ensinar aos discípulos que a experiência cristã não deve ser fundamentada em emoção nem em entusiasmo, mas em uma confiança contínua na graça de Deus e perseverança na fé, mesmo que não exista evidência tangível do cumprimento das promessas de Deus. Jesus nos convida ainda hoje a “vigiar” e a estar prontos em todo o tempo para Sua vinda.

Embora nosso nome, “adventistas do sétimo dia”, ateste a importância da segunda vinda de Jesus, como podemos, em nível pessoal, manter a realidade desse evento diante de nós? Com o passar dos anos, como evitar o erro sobre o qual Jesus advertiu na parábola das dez virgens?
Terça-feira
O ministério de Jesus no santuário celestial

No Antigo Testamento, Deus instruiu Moisés a construir um tabernáculo, ou um santuário, para Lhe servir de “habitação” aqui na Terra (Êx 25:8). Por meio de seus serviços, o santuário ensinou ao povo de Israel o plano da salvação. Mais tarde, no tempo do rei Salomão, o tabernáculo transportável foi substituído por um magnífico templo (1Rs 5–8). Tanto o tabernáculo quanto o templo foram modelados segundo o santuário celestial, o “verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem” (Hb 8:2; veja também Êx 25:9, 40).
Ao longo da Bíblia, supõe-se que exista um santuário celestial, que serve como a principal morada de Deus. Os serviços do santuário terrestre eram “pequenas profecias” do plano da salvação e do ministério sacerdotal de Jesus no Céu.

4. Leia Hebreus 8:6; 9:11, 12, 23-28; e 1 João 1:9–2:2. O que essas passagens ensinam sobre o ministério sacerdotal de Jesus no Céu?

Desde a ascensão de Jesus, o santuário celestial é o lugar em que Ele conduz Seu ministério sacerdotal em favor da nossa salvação (veja Hb 7:25). Portanto, somos encorajados a nos achegar “confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb 4:16).
Visto que o tabernáculo terrestre apresentava duas fases do ministério sacerdotal, primeiro o serviço diário no lugar santo, e depois o que ocorria uma vez por ano no lugar santíssimo, as Escrituras também descrevem essas duas fases do ministério de Jesus no Céu. Seu ministério no lugar santo é caracterizado por intercessão, perdão, reconciliação e restauração. Os pecadores arrependidos têm acesso imediato ao Pai por meio de Jesus, o Mediador (1Jo 2:1). Desde 1844, o ministério de Jesus no lugar santíssimo trata dos aspectos do juízo e da purificação que eram feitos uma vez por ano no Dia da Expiação (Lv 16). O ministério da purificação do santuário também é fundamentado no sangue de Jesus. A expiação realizada nesse dia prefigurava a aplicação final dos méritos de Cristo para remover a presença do pecado e realizar a reconciliação completa do Universo em um governo harmonioso, dirigido por Deus. A doutrina desse ministério em duas fases é uma contribuição adventista singular para a compreensão de todo o plano da salvação.
Ano Bíblico: Rm 14–16
Quarta-feira
O sábado

Outro ensino bíblico fundamental aceito e defendido pelos adventistas do sétimo dia é o sábado como dia de repouso. Essa é uma doutrina essencial que promove a unidade e a comunhão entre nós. Com poucas exceções na cristandade, somente nós seguimos essa doutrina.
O sábado é o dom de Deus para a humanidade desde a própria semana da criação (Gn 2:1-3). Na criação, três atos distintivos estabeleceram o sábado: (1) o Senhor descansou no sábado, (2) abençoou esse dia, e (3) o santificou. Essas três ações instituíram o sábado como dom especial de Deus, permitindo que a humanidade experimentasse a realidade do paraíso na Terra e confirmasse a criação de Deus em seis dias. Um conhecido rabino, Abraham Joshua Heschel, chamou o sábado de “palácio no tempo”, um dia santo, em que Deus Se encontra com Seu povo de maneira especial.

5. O que as seguintes passagens ensinam sobre o significado do sábado para a humanidade? (Êx 20:8-11; Dt 5:12-15; Ez 20:12, 20).

Em nosso desejo de seguir o exemplo de Jesus (Lc 4:16), nós, adventistas do sétimo dia, observamos o sétimo dia, o sábado. A participação de Jesus nos cultos de sábado revela que Ele o apoiava como dia de descanso e adoração. Alguns de Seus milagres foram feitos no sábado para ensinar a dimensão da cura (física e espiritual) que resulta da celebração do sábado (veja Lc 13:10-17). Os apóstolos e os primeiros cristãos entendiam que Jesus não havia abolido o sábado; eles também o guardavam e participavam da adoração nesse dia (At 13:14, 42, 44; 16:13; 17:2; 18:4).
Outra bela dimensão do sábado é que ele é um sinal da nossa libertação do pecado. O sábado é o memorial de que Deus salvou Israel da escravidão egípcia para o descanso que prometeu na terra de Canaã (Dt 5:12-15). Apesar do fracasso de Israel em entrar plenamente nesse descanso devido à sua repetida desobediência e idolatria, Deus ainda promete que “resta um repouso para o povo de Deus” (Hb 4:9). Todos os que desejam entrar nesse repouso podem fazê-lo pela fé na salvação oferecida por Jesus. A observância do sábado simboliza esse repouso espiritual em Cristo e a confiança apenas em Seus méritos, e não em obras, para nos salvar do pecado e nos dar a vida eterna (veja Hb 4:10; Mt 11:28-30).

O sábado fez você experimentar a unidade e a comunhão que Cristo deseja para Seu povo?

Ano Bíblico: 1Co 1–4
Quinta-feira
Morte e ressurreição

Na criação, “o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente” (Gn 2:7, NVI). Esse relato da criação da humanidade revela que a vida é derivada de Deus. A imortalidade é um aspecto intrínseco dessa vida? A Bíblia declara que somente Deus é imortal (1Tm 6:16); a imortalidade não é concedida ao ser humano em seu nascimento. Diferentemente de Deus, os seres humanos são mortais. A Escritura compara nossa vida a uma “neblina que aparece por instante e logo se dissipa” (Tg 4:14), e na morte, entramos em um estado de sono em que não há consciência (veja Ec 9:5, 6, 10; Sl 146:4; Sl 115:17; Jo 11:11-15).
Embora as pessoas nasçam mortais e sujeitas à morte, a Bíblia fala de Jesus Cristo como a fonte da imortalidade e revela que Ele concede a promessa da imortalidade e da vida eterna a todos aqueles que creem em Sua salvação. “O dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6:23). Jesus “não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho” (2Tm 1:10). “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). Portanto, há esperança de vida após a morte.

6. Leia 1 Coríntios 15:51-54 e 1 Tessalonicenses 4:13-18. O que essas passagens revelam sobre a vida após a morte? Quando a imortalidade será dada ao ser humano? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.(  ) A imortalidade só será dada após a ressurreição dos justos ou depois da glorificação (para os que estiverem vivos).
B.(  ) A imortalidade é concedida logo após a nossa morte.

O apóstolo Paulo deixou claro que Deus não concede imortalidade às pessoas no momento de sua morte, mas na ressurreição, ao ressoar a última trombeta. Embora os cristãos recebam a promessa da vida eterna no momento em que aceitam Jesus como seu Salvador, a imortalidade será concedida somente na ressurreição. O Novo Testamento nada fala sobre “almas” que vão para o Céu imediatamente após a morte da pessoa; esse ensino tem suas raízes no paganismo, remontando à filosofia dos gregos antigos, e não é encontrada no Antigo nem no Novo Testamentos.

Como nossa compreensão da morte nos ajuda a apreciar ainda mais a promessa da segunda vinda de Cristo? Essa crença pode nos unir fortemente como adventistas do sétimo dia?
Ano Bíblico: 1Co 5–7
Sexta-feira
Estudo adicional

Leia, de Ellen G. White, “Marcos, Fundamentos e Pilares”, p. 20-22, no livro O Outro Poder – Conselhos para Escritores e Editores. Leia o artigo “Doctrines, Importance of” [Importância das Doutrinas], p. 778, 779, em Ellen G. White Encyclopedia.
Como adventistas, compartilhamos crenças com outras igrejas cristãs. A crença central é a da salvação somente pela fé, mediante a morte expiatória e substitutiva de Jesus. Juntamente com outros cristãos, cremos que nossa justiça não está em nossas obras, mas na justiça de Cristo, que nos é creditada pela fé, um imerecido dom da graça. Ellen G. White escreveu: “Cristo foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos receber o tratamento a que Ele tinha direito [...]. Sofreu a morte que nos cabia, para que recebêssemos a vida que a Ele pertencia” (O Desejado de Todas as Nações, p. 25). Ao mesmo tempo, consideradas em seu conjunto, nossas crenças e as práticas que emergem delas, tornam-nos singulares. É assim que deve ser; se não, por que a nossa igreja deveria existir? Nosso amor por Jesus e os ensinamentos que proclamamos devem ser o fator unificador mais poderoso entre nós.

Perguntas para discussão
1. Em Fé e Obras, p. 103, Ellen G. White equiparou a justificação com o perdão dos pecados. De que maneira a compreensão do nosso perdão e justificação em Cristo é um fundamento para nossa comunhão com irmãos e irmãs?
2. O que une os milhões de adventistas de diversos contextos étnicos, religiosos, políticos e culturais senão nossas crenças doutrinárias? Qual é a importância da doutrina, não apenas no contexto da missão e da mensagem, mas também da unidade da igreja?
3. Nosso nome, “adventistas do sétimo dia”, aponta para dois ensinamentos fundamentais: o sétimo dia (sábado) e o segundo advento. Uma parte do nosso nome aponta para a criação, e a outra para a redenção. Qual é a relação entre esses dois ensinos? Como eles captam de maneira tão sucinta a essência de quem somos como povo?

Resumo:
Os adventistas têm diversas crenças fundamentais. Algumas em comum com outros cristãos, outras não. Esses ensinos formam nossa identidade e são o fundamento da nossa unidade.
Ano Bíblico: 1Co 8–10
Ano Bíblico: Rm 11–13