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          Marcos 16:15
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Marcos 16:15
Lição da Escola Sabatina
 
O segredo para a unidade
VERSO PARA MEMORIZAR: Deus “nos revelou o mistério da Sua vontade, de acordo com o Seu bom propósito que Ele estabeleceu em Cristo, isto é, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos” (Ef 1:9, 10, NVI).

LEITURAS DA SEMANA: Ef 1:3-14; 2:11-22; 4:1-6, 11; 5:15–6:9; Gl 4:7; Mt 20:25-28

Éfeso era um grande centro comercial que exercia muita influência na Ásia Menor. A igreja ali era formada por judeus e gentios, pessoas de todas as posições sociais. Esse grupo tão diversificado de membros seria tão propenso a conflitos quanto o mundo em que vivia, se não fosse por Cristo e pela unidade que tinham Nele como membros de Seu corpo. Portanto, a preocupação de Paulo com a unidade entre os seguidores de Cristo
é o tema central de sua epístola aos efésios.
O conceito de unidade de Paulo possui duas dimensões: a unidade na igreja, onde judeus e gentios são reunidos em um só corpo – Cristo; e a unidade no Universo, em que todas as coisas no Céu e na Terra encontram sua unidade suprema em Cristo.
A fonte dessa unidade é Cristo. A expressão de Paulo, “em Cristo” ou “com Cristo”, foi utilizada várias vezes nessa epístola para mostrar o que Deus realizou por nós e pelo Universo mediante a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. O propósito supremo de Deus no plano da salvação é reunificar todas as coisas por meio de Cristo. Essa unidade será plenamente manifestada somente no fim dos séculos.
Sábado à tarde
Domingo
Bênçãos em Cristo

1. Leia Éfesios 1:3-14. De acordo com Paulo, o que recebemos em Cristo?

Os seguidores de Jesus têm muitos motivos para louvar a Deus. Em Cristo, Deus decidiu nos adotar como filhos e filhas. Ele também nos escolheu para que fôssemos Seus representantes para o mundo. Paulo usou muitas imagens para descrever nosso novo relacionamento com Deus em Cristo. Entre essas imagens, a da adoção aborda o tema desta lição: a unidade. Em Cristo, fomos adotados e pertencemos à família de Deus. Essa imagem de família também é uma referência à aliança de Deus com os filhos de Israel. No contexto da epístola de Paulo, os gentios que aceitavam Jesus como Messias também eram filhos de Deus, herdeiros das promessas feitas a Israel (Rm 8:17; Gl 4:7). O benefício desse relacionamento com Cristo, de estar Nele, é fundamental para toda a unidade cristã. Essa passagem também revela que Deus sempre desejou reunir toda a humanidade em Cristo. E, na família de Deus, Jesus não oferece nenhum status especial: todos são filhos de Deus, igualmente amados e estimados.
Nessa passagem, alguns se confundem quanto ao trecho sobre a predestinação (Ef 1:5, 11). A declaração de que Deus nos escolheu para a salvação parece sugerir que Deus escolheu alguns para a perdição. Mas esse não é o ensinamento bíblico. Em vez disso, Deus elaborou o plano da salvação antes da fundação do mundo para que todos pudessem ser salvos. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16; veja também 1Tm 2:6; 2Pe 3:9). Deus sabe, antecipadamente, quem aceitará Sua oferta de salvação, mas isso não é o mesmo que predeterminar a decisão de alguém. A salvação é oferecida a toda a humanidade por causa do que Cristo fez por nós. A questão é: Qual será nossa resposta a essa oferta? Deus não força ninguém a aceitar a salvação.
“Nos concílios do Céu, foi feita provisão para que os homens, embora transgressores, não perecessem em sua desobediência, mas, pela fé em Cristo como seu Substituto e Fiador, pudessem se tornar eleitos de Deus, predestinados para Ele, ‘para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de Sua vontade’ (Ef 1:5). Deus deseja que todos se salvem. Para isso foi feita ampla provisão ao dar Seu Filho unigênito para pagar o resgate do homem. Os que se perderem perecerão porque se recusaram a ser adotados como filhos de Deus mediante Cristo Jesus” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 1243).
Ano Bíblico: Lc 3–5

Ano Bíblico: Lc 1, 2
Segunda-feira
Derrubando a parede

Algumas das mais profundas divisões entre as pessoas são causadas por diferenças étnicas e religiosas. Em muitas sociedades, as cédulas de identidade indicam a etnia a que uma pessoa pertence, ou a religião que professa. E essas distinções muitas vezes estão ligadas a privilégios ou restrições com as quais as pessoas precisam viver diariamente. Quando surgem guerras ou conflitos, esses marcadores de identidade e diferenças muitas vezes se tornam catalisadores da repressão e da violência.

2. Em Efésios 2:11-22, Paulo indicou um caminho melhor para a comunidade cristã. Qual é o efeito da nossa unidade em Cristo sobre nossas diferenças? O que foi derrubado pela morte de Jesus na cruz?

Paulo convocou os efésios a lembrar como era a vida deles antes de receber a graça de Deus em Cristo. As diferenças étnicas, culturais e religiosas criaram inimizade e conflitos entre grupos de pessoas. Mas a boa notícia é que, em Cristo, somos todos um só povo, com um Salvador e Senhor em comum. Todos pertencemos ao povo de Deus. “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo” (Ef 2:13).
O antigo templo de Jerusalém tinha uma parede para separar as partes do templo acessíveis apenas aos de etnia judaica. Nessa parede havia uma inscrição proibindo os estrangeiros de a ultrapassar, sob pena de morte. Paulo foi acusado de transgredir esse regulamento, quando entrou no templo após suas viagens missionárias. Ao ser preso, Paulo foi acusado de trazer para a parte judaica do templo um efésio chamado Trófimo (At 21:29). Nessa epístola, Paulo argumentou que Cristo “é a nossa paz, o qual de ambos [dois grupos étnicos] fez um [...], tendo derribado a parede da separação que estava no meio” (Ef 2:14).
Em Cristo, os cristãos são descendentes de Abraão e recebem a circuncisão do coração. A circuncisão física dada por Deus ao patriarca apontava para a circuncisão espiritual que os cristãos receberiam em Cristo (veja Dt 10:16). “Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo” (Cl 2:11).

Leia novamente Efésios 2:11-22. Vemos em nossa igreja a realidade sobre a qual Paulo escreveu? Quais desafios permanecem?
Terça-feira
Unidade em um corpo

Paulo foi prático em suas palavras aos efésios. A unidade entre judeus e gentios, entre pessoas de diferentes culturas e etnias, não é um mito nem uma teoria; é uma realidade que exige que andemos “de modo digno da vocação a que” fomos “chamados” (Ef 4:1).

3. De acordo com Efésios 4:1-3, como os cristãos devem andar de modo digno de seu chamado em Cristo?

O resultado prático dessas virtudes e graças na vida do cristão ajuda a “preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Ef 4:3). Esses atributos estão fundamentados no amor (1Co 13:1-7). O amor em ação preserva as relações entre fiéis, promove a paz e a unidade na comunidade cristã e influencia o mundo. A unidade na igreja manifesta o amor de Deus de modo singular para que as pessoas possam testemunhá-lo.
A igreja é chamada a ser essa testemunha, especialmente em um momento de conflitos, divisões e guerras.

4. Leia Efésios 4:4-6. Qual é o tema dessa passagem?

Nos primeiros versos desse capítulo, Paulo expressou seu profundo interesse pela unidade da igreja. Ele começou com uma exortação à unidade (Ef 4:1-3); em seguida, apresentou uma lista de sete elementos que unem os cristãos (Ef 4:4-6). A unidade é, ao mesmo tempo, algo que os cristãos já possuem (Ef 4:4-6), que deve ser constantemente trabalhado e mantido (Ef 4:1-3), e que precisa ser também o objetivo futuro, rumo ao qual nos esforçamos (Ef 4:13).
“O apóstolo exorta seus irmãos a manifestar em sua vida o poder da verdade que ele lhes havia apresentado. Por sua mansidão e bondade, paciência e amor, deviam exemplificar o caráter de Cristo e as bênçãos de Sua salvação. Só há um corpo, e um Espírito, um Senhor, uma fé. Como membros do corpo de Cristo, todos os cristãos são animados pelo mesmo espírito e a mesma esperança. Divisões na igreja desonram a religião de Cristo diante do mundo, e dão ocasião aos inimigos da verdade para justificar seu procedimento. As instruções de Paulo não foram escritas apenas para a igreja de seus dias. Era desígnio de Deus que chegassem até nós. O que estamos fazendo para preservar a unidade, nos laços da paz?” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 239).

Como você pode andar de modo digno da vocação à qual foi chamado?
Ano Bíblico: Lc 9–11

Quarta-feira
Líderes da igreja e unidade

Efésios 4:7 diz que “a graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo”. Embora a salvação seja um dom concedido a todas as pessoas, alguns dons espirituais são dados a determinadas pessoas para um propósito especial.

5. De acordo com Efésios 4:11, quais dons de liderança Deus concede à igreja?

6. De acordo com Efésios 4:12, qual é o propósito de Deus em dar à igreja dons especiais de liderança? Como esses dons se relacionam entre si?

Em certo sentido, todos os cristãos são ministros e servos de Deus e do evangelho. A comissão de Cristo, em Mateus 28:19, 20, foi dada a todos os cristãos: vão, façam discípulos de todas as nações, batizem e ensinem. A obra do ministério não foi confiada apenas a alguns privilegiados, como pastores e evangelistas, mas a todos os que levam o nome de Cristo. Ninguém pode se declarar isento da obra de propagação do evangelho, e nenhum líder da igreja pode declarar possuir um ministério exclusivo. Os dons espirituais de liderança são dados especificamente para a edificação da igreja. Os líderes são necessários para nutrir, promover e incentivar a unidade.
A lista de Paulo dos dons de liderança revela que o propósito dessas funções também é habilitar o povo de Deus para alcançar os perdidos. É responsabilidade de alguns especialmente chamados na igreja ajudar os outros a cumprir seu ministério e serviço por Cristo e edificar o corpo de Cristo, “até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4:13). O exemplo de liderança de Jesus deve orientar nosso ministério. Jesus veio para servir aos outros e não para ser servido (Mt 20:25-28); devemos fazer o mesmo.
O ser humano tem a forte tendência de ser independente e não prestar contas a ninguém. A sociedade ocidental está especialmente contaminada por essa tendência. Contudo, Paulo nos lembrou de que nenhum cristão está sozinho neste mundo e que formamos uma comunidade de fé com líderes espirituais para encorajar uns aos outros em nossa jornada em comum. Juntos, somos parte do corpo de Cristo.

Quais dons espirituais você tem? Eles estão sendo usados para a unidade de sua igreja?

Ano Bíblico: Lc 12–14
Quinta-feira
Relacionamentos humanos em Cristo

O cristianismo é uma religião de relacionamentos com Deus e de uns com os outros. Não faz sentido afirmar ter uma ligação profunda com o Senhor sem que essa conexão tenha um impacto nos relacionamentos com as pessoas. O cristianismo não pode ser vivido de maneira isolada. Os princípios de unidade sobre os quais Paulo discutiu em sua epístola aos efésios também são aplicáveis à maneira pela qual nos relacionamos com os outros.

7. Leia Efésios 5:15-21. O que Paulo disse no verso 21? Qual é a relação entre sujeição e unidade?

A exortação de Paulo de que nos sujeitemos uns aos outros está relacionada com a expressão “enchei-vos do Espírito”, em Efésios 5:18. Uma das expressões do recebimento da plenitude do Espírito é a sujeição (ou submissão) de uns para com os outros. Isso se refere à atitude apropriada de humildade e consideração que devemos ter em relação às pessoas. Evidentemente esse não é um atributo natural da maioria das personalidades, mas será o resultado da atuação do Espírito em nosso coração. É um dom do mesmo Espírito, que é o vínculo da unidade em Cristo. Vista dessa perspectiva, a sujeição é uma qualidade interior que expressa nossa reverência por Cristo e Seu sacrifício por nós.

8. Leia Efésios 5:22–6:9. Qual é o impacto que a qualidade da sujeição mútua tem nos relacionamentos do cristão no lar e no trabalho?

Em certa medida, a unidade na igreja depende da unidade no lar. Paulo enfatizou que a unidade, o amor e o respeito que devem existir entre o marido e a mulher devem exemplificar o amor de Cristo para com a igreja, um amor abnegado. Portanto, o respeito cristão no lar, bem como na igreja, é exigido dos maridos e esposas e dos membros da igreja. Esse atributo de Cristo também deve ser exemplificado no relacionamento entre pais e filhos e entre empregados e empregadores (servos e senhores). A harmonia e paz que devem permear nosso lar também devem permear a vida de nossa igreja.

Como você deve agir em relação a um membro da sua família ou a um colega de trabalho?
Ano Bíblico: Lc 15–17

Sexta-feira
Estudo adicional

Leia, de Ellen G. White, “Espírito de Unidade”, p. 179-188, em Testemunhos Para a Igreja, v. 9.
“Cristo não fazia distinção de nacionalidade, classe social nem credo. Os escribas e fariseus queriam monopolizar todos os dons do Céu em favor da sua localidade e nação, com exclusão do restante da família no mundo inteiro. Cristo, porém, veio para derrubar todo muro de separação. Veio para mostrar que o dom da Sua misericórdia e amor, como o ar, a luz e a chuva que refrigera o solo, não reconhece limites.
“Por Sua vida, Cristo fundou uma religião em que não há classes sociais; judeus e pagãos, livres e servos são iguais perante Deus e reunidos por um vínculo fraternal. Nenhum exclusivismo influía em Seus atos. Não fazia distinção alguma entre compatriotas e estrangeiros, amigos e inimigos. O que Lhe atraía o coração era a pessoa sedenta da água da vida” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 190, 191).

Perguntas para discussão
1. Reflita sobre esta afirmação: “O plano de Deus é revelado de maneira muito clara e simples no capítulo 4 de Efésios, de modo que todos os Seus filhos podem compreender a verdade. Aqui é claramente apresentado o meio que Ele designou para manter a unidade de Sua igreja, para que seus membros possam revelar ao mundo uma experiência religiosa saudável” (Comentário Bíblico Adventista, v. 6, p. 1246). O que, em Efésios 4, aponta para a unidade da igreja? O que podemos fazer para assegurá-la?
2. A necessidade de humildade e sujeição é fundamental à questão da unidade. Sem essas características, como poderia existir unidade na igreja? Não é possível haver unidade se somos orgulhosos, se sempre temos certeza dos nossos pontos de vista e posições e se não estamos dispostos a ouvir os outros. Como aprender essa humildade e sujeição?

Resumo:
Todos os nossos relacionamentos humanos, inclusive os relacionamentos entre irmãos e irmãs na igreja, são transformados pelo poder de Cristo em nossa vida. E essa mudança é crucial para que tenhamos unidade.
Ano Bíblico: Lc 18–20
Ano Bíblico: Lc 6–8