" Ide por todo o mundo e pregai o evangelho
          Marcos 16:15
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Marcos 16:15
Lição da Escola Sabatina
 
Viagem a Roma
VERSO PARA MEMORIZAR: “Paulo, não temas! É preciso que compareças perante César” (At 27:24).

LEITURAS DA SEMANA: At 27; 28; Rm 1:18-20

Há muito tempo Paulo desejava visitar Roma, mas sua prisão em Jerusalém mudou tudo. Ao ceder à pressão legalista dos líderes da igreja de Jerusalém, ele acabou ficando sob custódia romana por quase cinco anos, incluindo o tempo gasto na viagem de navio para a Itália. Essa mudança representou um forte revés para seus planos missionários.
Apesar disso, o próprio Jesus prometeu que o apóstolo ainda testemunharia Dele em Roma (At 23:11). Mesmo quando falhamos com o Senhor, Ele ainda pode nos dar outra chance, embora nem sempre nos poupe das consequências de nossas ações. Paulo não apenas foi levado a Roma como prisioneiro, mas também não há evidência bíblica de que ele tenha ido à Espanha, como esperava fazer (Rm 15:24). Depois de ser libertado do que é conhecido como “o primeiro encarceramento romano”, Paulo foi novamente detido, dessa vez para sofrer o martírio (2Tm 4:6-8) sob a ordem de Nero, em 67 d.C.
Paulo foi a Roma. E, enquanto aguardava em prisão domiciliar para ser julgado perante o imperador, apesar de suas algemas (Ef 6:20; Fp 1:13), ele pregava sem impedimento a quem quer que fosse até ele (At 28:30, 31), inclusive para figuras importantes da casa de César (Fp 4:22).
Sábado à tarde
Domingo
Navegando para Roma

Após ficar preso em Cesareia por cerca de dois anos (At 24:27), Paulo foi enviado a Roma. A julgar pela primeira pessoa do plural e a riqueza de detalhes usados para descrever a longa e turbulenta viagem marítima para a Itália (At 27:1–28:16), Lucas acompanhava o apóstolo, assim como outro cristão chamado Aristarco (At 27:2). Outro personagem importante na história foi o centurião romano, Júlio, responsável também por outros prisioneiros (At 27:1).
Eles partiram no final do verão. O Dia do Jejum (At 27:9) se refere ao Dia da Expiação, na segunda metade de outubro. Por causa das condições climáticas do inverno, normalmente se evitava viajar pelo Mediterrâneo entre novembro e março. Dessa vez, no entanto, eles enfrentaram dificuldades desde o início, e somente depois de muita demora chegaram à pequena baía de Bons Portos, na ilha de Creta (At 27:8).

1. Leia Atos 27:9-12. Enquanto estavam em Bons Portos, como Paulo interveio na história e como sua intervenção foi recebida?

As advertências de Paulo foram ignoradas, e eles decidiram navegar mais 65 quilômetros para o oeste, até o porto de Fenice onde poderiam passar o inverno com segurança. Infelizmente, com uma súbita mudança climática, eles pegaram uma tempestade tão violenta que a tripulação não teve outra opção senão deixar o navio ser conduzido pelo vento na direção sudoeste, para longe da terra. Logo eles começaram a lançar a carga ao mar e até mesmo alguns equipamentos do navio em uma frenética tentativa de aliviar o peso, visto que ele já começava a ser inundado pelas águas. A situação era dramática. Depois de vários dias sem a luz do sol, pouca visibilidade, chuva pesada e ventos fortes, sem saber onde estavam e em completo esgotamento, eles finalmente perderam “toda a esperança de salvamento” (At 27:20, NVI).

2. De acordo com Atos 27:21-26, qual foi a segunda intervenção de Paulo na história? Assinale a alternativa correta:
A. (  ) Ele fez uma oração, e a tempestade cessou.
B. (  ) Ele declarou que Deus havia lhe dito que ninguém ali morreria.

Em palavras proféticas, Paulo relatou à tripulação uma mensagem que tinha acabado de receber de Deus. Não havia motivo para se desesperarem nem perderem a esperança. Ainda haveria perigo e perda, mas todos sobreviveriam.

Por que um servo do Senhor como Paulo teve que sofrer? O que aprendemos com isso?

Ano Bíblico: Mq 1–4
Ano Bíblico: Obadias, Jonas
Segunda-feira
O naufrágio

Em sua segunda intervenção na história, Paulo assegurou a todos os que estavam a bordo – 276 pessoas no total (At 27:37) – que, apesar de que nem tudo sairia bem, não haveria mortes; somente o navio afundaria (At 27:22). Quatorze dias depois, as palavras do apóstolo se cumpriram. Ainda sob a terrível tempestade e com o navio completamente à deriva, os marinheiros sentiram que estavam próximos da terra firme, possivelmente porque podiam ouvir o barulho da rebentação das ondas (At 27:27). Depois de sondarem a profundidade por diversas vezes, e temendo que o navio se chocasse contra as rochas ao longo da costa, eles lançaram quatro âncoras da popa para reduzir a velocidade do navio; enquanto isso, pediam desesperadamente aos seus deuses que o dia logo amanhecesse (At 27:28, 29).

3. Leia Atos 27:30-44. Quais lições podemos aprender com essa história?

No início da viagem, o centurião tratou Paulo de modo favorável, mas ele não tinha motivos para confiar no julgamento náutico do apóstolo. Após duas semanas, no entanto, as coisas mudaram. Paulo já havia ganhado o respeito do centurião, com sua intervenção profética sobre o naufrágio (At 27:21-26) que se aproximava de seu cumprimento.
Paulo exortou todos a bordo a se alimentarem, caso contrário não teriam forças para nadar e chegar à terra firme. A Providência divina não nos isenta de fazer o que normalmente seria nosso dever. “Ao longo dessa narrativa, mantém-se um equilíbrio entre a garantia de Deus quanto à segurança daqueles homens e os esforços deles para assegurar que isso acontecesse” (David J. Williams, Acts. Grand Rapids, MI: Baker Books, 1990, p. 438).
Com a aproximação da manhã, os marinheiros avistaram a terra – uma baía onde decidiram encalhar o navio. No entanto, o navio nunca chegou à praia. Em vez disso, atingiu um banco de areia e acabou se rompendo pela força das ondas. O plano dos soldados de matar os prisioneiros para evitar que fugissem foi interrompido pelo centurião, principalmente por causa de Paulo. No fim, ninguém perdeu a vida, exatamente como Deus havia prometido.

Desejando manter Paulo vivo, o centurião proibiu os soldados de matar os prisioneiros. O que isso revela sobre o testemunho e o caráter de Paulo?
Terça-feira
Em Malta

Somente quando chegaram à costa, os sobreviventes descobriram que estavam em Malta, uma pequena ilha no centro do Mediterrâneo, ao sul da Sicília. Nas duas semanas em que estiveram à deriva no mar, rendidos à força do vento, eles navegaram por cerca de 800 quilômetros desde Bons Portos, em Creta. Agora teriam que esperar os três meses de inverno antes de continuar a viagem (At 28:11).

4. De acordo com Atos 28:1-10, o que aconteceu com Paulo na ilha de Malta e como Deus conseguiu usá-lo? Assinale a alternativa correta:
A. (  ) Ele foi picado por uma cobra, porém saiu ileso. Deus o usou para curar o pai de Públio e os demais habitantes da ilha de Malta.
B. (  ) Ele foi preso, porém pôde testemunhar do amor de Deus.

O povo de Malta foi hospitaleiro. Diante da chegada de Paulo e seu grupo fizeram uma fogueira para aquecê-los, já que todos estavam molhados e com frio. A temperatura em Malta nessa época do ano não ultrapassaria os 10 °C.
O incidente da cobra atraiu a atenção do povo para Paulo. A princípio, os pagãos entenderam o fato de que ele havia sido picado por uma cobra como um ato de retribuição divina. Eles pensavam que Paulo era um criminoso que havia conseguido escapar da morte por afogamento, mas que ainda assim havia sido apanhado pelos deuses, ou talvez pela deusa grega Dik?, a personificação da justiça e da vingança. Visto que Paulo não morreu, ele foi aclamado como deus, conforme havia acontecido em Listra vários anos antes (At 14:8-18). Embora Lucas não se demore na descrição do episódio, é seguro presumir que Paulo aproveitou a situação para testemunhar do Deus a quem servia.
Públio era o procurador romano de Malta ou apenas um dignitário local, mas ele acolheu Paulo e seus companheiros por três dias, até que encontrassem um lugar para ficar. A cura do pai desse homem deu a Paulo a oportunidade de se dedicar a um ministério de cura entre os malteses.
No relato de Lucas, não há menção de um único converso ou uma única congregação deixada pelo apóstolo quando partiu de Malta. Essa omissão pode ser inteiramente ocasional, mas ilustra o fato de que nossa missão no mundo vai além de batismos ou plantio de igrejas; ela também envolve o cuidado desinteressado para com as pessoas e suas necessidades. Esse é o aspecto prático do evangelho (At 20:35; compare com Tt 3:14).

É impressionante que esses habitantes da ilha pouco instruídos tivessem um senso de justiça divina. Em última análise, de onde vinha essa consciência? (Veja Rm 1:18-20).

Ano Bíblico: Naum
Quarta-feira
Paulo finalmente chega a Roma

Depois de três meses em Malta, Paulo e seus companheiros finalmente puderam continuar a viagem (At 28:11). Eles chegaram a Putéoli (At 28:13), atualmente conhecida como Pozzuoli, na baía de Nápoles, de onde seguiriam por terra para Roma (veja At 28:11-16).
A notícia da aproximação de Paulo chegou rapidamente a Roma, e um grupo de cristãos decidiu viajar vários quilômetros ao sul para recebê-lo. Embora ele nunca tivesse estado em Roma, o apóstolo tinha muitos amigos na cidade: colaboradores, conversos, parentes e muitos outros que lhe eram extremamente queridos (Rm 16:3-16). O encontro na Via Ápia deve ter sido particularmente comovente, acima de tudo por causa do naufrágio e do fato de que Paulo era agora um prisioneiro. Como resultado de tal demonstração de amor e cuidado por parte de seus queridos amigos, o apóstolo agradeceu a Deus e se sentiu profundamente animado, visto que estava prestes a enfrentar o julgamento perante o imperador.
Em seu relatório oficial, Festo deve ter escrito que, de acordo com a lei romana, Paulo não era culpado de nenhum crime importante (At 25:26, 27; 26:31, 32). Isso provavelmente explica por que o apóstolo foi autorizado a alugar uma casa (At 28:30), em vez de ser enviado para uma prisão comum ou campo militar. Entretanto, de acordo com o costume romano, ele foi mantido acorrentado a um soldado. O fato de que Paulo custeou as próprias despesas implica que, de alguma forma, ele pôde trabalhar (At 18:3).

5. De acordo com Atos 28:17-22, o que Paulo fez assim que se estabeleceu?
A. (  ) Começou a escrever suas últimas epístolas.
B. (  ) Convocou os líderes judeus para declarar sua inocência.

Embora Paulo não pudesse ir à sinagoga, a sinagoga podia vir até ele. Portanto, logo após sua chegada, e seguindo a política de ir primeiramente aos judeus (Rm 1:16), ele convocou os líderes judaicos locais para declarar sua inocência e explicar, como o fizera anteriormente, que ele não havia sido preso por nenhuma outra razão senão pela esperança de Israel (At 23:6; 24:15; 26:6-8). Sua intenção não era tanto se defender, mas criar uma atmosfera de confiança que lhe permitisse pregar o evangelho, mostrando como a ressurreição de Jesus era o cumprimento da antiga esperança de Israel. Surpresos por não terem recebido nenhuma informação de Jerusalém sobre Paulo, os judeus decidiram ouvi-lo.

Leia Atos 28:22. O que o texto revela sobre a hostilidade contra os cristãos ainda naquele momento? Como podemos permanecer fiéis mesmo quando outros falam contra a nossa fé?
Ano Bíblico: Habacuque
Quinta-feira
A vitória do evangelho

Em um dia determinado, os judeus vieram em grande número para ouvir a apresentação de Paulo sobre o evangelho (At 28:23).

6. Leia Atos 28:24-31. Qual foi o objetivo de Paulo ao citar Isaías nesse contexto?

A citação de Isaías 6:9 e 10 descreve o que acontece quando as pessoas se recusam a aceitar a mensagem divina. Embora alguns judeus tivessem crido, outros não o fizeram; e, por causa da confusão que se formou, o apóstolo não teve escolha senão, mais uma vez, voltar-se para os gentios (At 13:46, 47; At 18:6).
Paulo teve que esperar dois anos para ser julgado pelo imperador. Enquanto isso, embora restrito à sua prisão domiciliar, ele pôde compartilhar o evangelho sem restrição com aqueles que vinham até ele. A última cena de Atos enfatiza a vitória do evangelho, pois nenhuma força judaica nem romana conseguiu interromper seu progresso.
Não está claro por que Lucas conclui seu livro nesse ponto, pois há evidências de que, por causa da fragilidade do caso contra Paulo, ele foi posto em liberdade, realizou outra viagem missionária e foi novamente levado para Roma e executado (2Tm 4:6-8). Tendo em vista o propósito literário de Lucas, talvez o fato de que o evangelho havia sido pregado até mesmo na distante cidade de Roma indicava que ele já havia alcançado os “confins da Terra” (At 1:8).
“A paciência e o bom ânimo de Paulo durante sua longa e injusta prisão, bem como sua coragem e fé, eram um constante sermão. Seu espírito, tão diferente do espírito do mundo, dava testemunho de que um poder mais alto que o da Terra habitava com ele. E, por seu exemplo, os cristãos foram impelidos a defender com mais energia a causa do evangelho no trabalho público do qual Paulo havia sido afastado. Dessa maneira, as algemas do apóstolo tiveram tal influência que, quando seu poder e utilidade pareciam aniquilados e, ao que tudo indicava, bem pouco poderia fazer, ele alcançou para Cristo frutos em campos dos quais parecia inteiramente excluído” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 464).
Do ponto de vista da missão da igreja, no entanto, pode-se dizer que o livro de Atos (ou a história da propagação do evangelho) ainda não foi concluído, e é aqui que cada um de nós entra em cena. Muitos outros capítulos emocionantes e dramáticos já foram escritos ao longo dos séculos, às vezes com o próprio sangue das fiéis testemunhas de Deus. Agora é nossa vez de acrescentar mais um capítulo – talvez o último – e concluir a missão que Jesus deixou aos discípulos, e “então, virá o fim” (Mt 24:14).
Ano Bíblico: Sofonias
Sexta-feira
Estudo adicional

“Cristo confiou à igreja uma sagrada responsabilidade. Cada membro deve ser um conduto através do qual Deus possa comunicar ao mundo os tesouros de Sua graça, as insondáveis riquezas de Cristo. Não há nada que o Salvador deseje mais do que agentes que representem Seu Espírito e Seu caráter ao mundo. Não existe nada que o mundo necessite mais do que a manifestação do amor do Salvador através da humanidade. Todo o Céu está à espera de homens e mulheres por cujo intermédio Deus possa revelar o poder do cristianismo” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 600).
“Deus tem esperado por muito tempo que o espírito de serviço se apodere de toda a igreja, de maneira que cada um trabalhe para Ele segundo sua habilidade. Quando, em cumprimento da comissão evangélica, os membros da igreja de Deus fizerem a obra que lhes é indicada nos necessitados campos nacionais e estrangeiros, todo o mundo será logo advertido, e o Senhor Jesus retornará à Terra com poder e grande glória” (Ibid., p. 111).

Perguntas para discussão
1. Como os outros foram influenciados pela fé revelada por Paulo na viagem a Roma?
2. Paulo nunca desistiu de sua fé nem de sua missão. Em Roma, apesar de sua liberdade limitada, ele continuou pregando. O que podemos fazer quando somos tentados a desistir de pregar o evangelho a alguém?
3. Leia Romanos 1:14, 15. Por que Paulo sentia a obrigação de pregar o evangelho? Nossa obrigação é menor que a dele? Considere esta afirmação: “Salvar pessoas deve ser a obra vitalícia de todo aquele que professa seguir a Cristo. Somos devedores ao mundo pela graça que nos foi dada por Deus” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 53).
4. O texto de Isaías 6:9 e 10 pode ser aplicado a nós? Recebemos a verdade, mas se endurecermos o coração a ela, ou mesmo a aspectos que entrem em conflito com nossos desejos, que perigo enfrentaremos?
5. Imagine que você fosse o soldado acorrentado a Paulo. O que acha que ele viu no homem a quem estava tão intimamente ligado?
Ano Bíblico: Ageu
Ano Bíblico: Mq 5–7