" Ide por todo o mundo e pregai o evangelho
          Marcos 16:15
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Marcos 16:15
Lição da Escola Sabatina
 
A prova mais convincente
VERSO PARA MEMORIZAR: “Ora, ele não disse isto de si mesmo; mas, sendo sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus estava para morrer pela nação e não somente pela nação, mas também para reunir em um só corpo os filhos de Deus, que andam dispersos” (Jo 11:51, 52).

LEITURAS DA SEMANA: Jo 11:51, 52; Ef 2:13-16; 4:25–5:2; 2Co 5:17-21; Rm 14:1-6; At 1:14

Na semana passada estudamos como a unidade se torna visível mediante uma mensagem comum, centrada em Jesus como Salvador e nas verdades bíblicas que devem ser enfatizadas no tempo do fim. Somos quem somos por causa da mensagem que Deus nos deu e do nosso chamado para proclamá-la ao mundo.
Nesta semana, vamos nos concentrar na unidade visível da igreja, manifestada na vida cotidiana dos cristãos e na missão da igreja. De acordo com Jesus, a igreja não somente anuncia a mensagem divina de salvação e reconciliação. A unidade da própria igreja também é uma expressão essencial dessa reconciliação. Neste mundo envolvido pelo pecado e pela rebelião, a igreja é um testemunho visível da obra salvadora e do poder de Cristo. Sem a unidade e a solidariedade da igreja, o poder salvífico da cruz dificilmente seria visto neste mundo. “A unidade com Cristo estabelece um vínculo de unidade de uns com os outros. Essa unidade é, para o mundo, a mais convincente prova da majestade e da virtude de Cristo, bem como de Seu poder de tirar o pecado” (Comentários de Ellen G. White, em Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 5, p. 1.148).
Sábado à tarde
Domingo
Sob a cruz de Jesus

Como muitas outras bênçãos espirituais concedidas por Deus ao Seu povo, a unidade da igreja também é um dom de Deus. A unidade não é uma criação humana mediante nossos esforços, boas obras e intenções. Fundamentalmente, Jesus Cristo criou essa unidade por meio de Sua morte e ressurreição. À medida que nos apropriamos, pela fé, de Sua morte e ressurreição por meio do batismo e do perdão de nossos pecados; ao nos unirmos em comunhão e espalhamos as três mensagens angélicas ao mundo, estamos em união com Ele e em unidade uns com os outros.

1. De acordo com João 11:51, 52 e Efésios 1:7-10, qual evento na vida de Jesus é o fundamento de nossa unidade, como adventistas?
A.(  ) Sua morte na cruz.
B.(  ) O milagre da transfiguração.

“Ora, [Caifás] não disse isto de si mesmo; mas, sendo sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus estava para morrer pela nação e não somente pela nação, mas também para reunir em um só corpo os filhos de Deus, que andam dispersos” (Jo 11:51, 52). É muito estranho o fato de Deus ter usado Caifás para explicar o significado da morte de Cristo, embora Caifás não soubesse o que estava fazendo ao condenar Jesus à morte. Ele não tinha ideia de como sua declaração foi profunda. Caifás pensou que estivesse fazendo apenas uma declaração política. Porém, João a usou para revelar uma verdade fundamental sobre o significado da morte substitutiva de Jesus por todos os fiéis de Deus, que um dia seriam reunidos “em um só corpo”.
Sejam quais forem nossas outras crenças como adventistas do sétimo dia, seja qual for a mensagem proclamada exclusivamente por nós, o fundamento da nossa unidade consiste em nossa aceitação da morte de Cristo
em nosso favor.
Além disso, também experimentamos essa unidade em Cristo por meio do batismo. “Todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes” (Gl 3:26, 27). O batismo é outro vínculo que compartilhamos, pois simboliza nossa fé em Cristo. Temos um Pai em comum; portanto, somos todos filhos e filhas de Deus. E temos um Salvador em comum, em cuja morte e ressurreição somos batizados (Rm 6:3, 4).

Sejam quais forem as nossas diferenças culturais, sociais, étnicas e políticas, por que nossa fé em Jesus transcende todas essas divisões?
Ano Bíblico: 1Co 14–16
Ano Bíblico: 1Co 11–13
Segunda-feira
Ministério da reconciliação

Certamente nosso mundo é conhecido por desordem, problemas, guerras e conflitos. Todos esses fatores afetam nossa vida pessoal, comunitária e nacional. Às vezes parece que toda a nossa vida está em conflito. Mas a desunião e a desordem não prevalecerão para sempre. Deus está em uma missão para promover a unidade cósmica. Ao passo que o pecado resultou em desarmonia, o plano eterno de Deus para a reconciliação traz paz e plenitude.
Em Efésios 2:13-16, Paulo apresentou os princípios de Cristo para que haja paz entre os cristãos: por meio de Sua morte na cruz, Jesus fez dos judeus e gentios um só povo e destruiu as barreiras étnicas e religiosas que os separavam. Se Cristo conseguiu fazer isso com os judeus e gentios no primeiro século, Ele ainda pode fazer muito mais para derrubar as barreiras étnicas e culturais que dividem as pessoas em nossa igreja hoje!
E, a partir daí, podemos alcançar o mundo.

2. Em 2 Coríntios 5:17-21, Paulo afirmou que, em Cristo, somos novas criaturas, reconciliadas com Deus. Qual é então nosso ministério neste mundo? Que diferença poderíamos fazer em nossa comunidade sendo um corpo unido?

Como nova criatura de Deus, o cristão recebe um ministério fundamental – um triplo ministério da reconciliação. (1) Nossa igreja é composta de cristãos que estavam separados de Deus, mas, mediante a graça salvífica do sacrifício de Cristo, foram unidos a Ele pelo Espírito Santo. Somos o remanescente, chamados para proclamar ao mundo uma mensagem para o tempo do fim. Nosso ministério é convidar os que ainda estão separados de Deus a se reconciliarem com Ele e se juntarem a nós em nossa missão. (2) A igreja também é o povo de Deus reconciliado uns com os outros. Estar unido a Cristo significa que estamos unidos uns aos outros. Esse não é apenas um ideal elevado, mas deve ser uma realidade visível. A reconciliação de uns com os outros e a paz e a harmonia entre irmãos e irmãs são um testemunho inconfundível ao mundo de que Jesus Cristo é nosso Salvador e Redentor, como está escrito em João 13:35: “Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.” (3) Mediante esse ministério da reconciliação, a igreja declara ao universo que o divino plano da redenção é verdadeiro e poderoso. O grande conflito é sobre Deus e Seu caráter. Na medida em que a igreja cultiva a unidade e a reconciliação, o universo vê a obra da sabedoria eterna de Deus (veja Ef 3:8-11).
Terça-feira
Unidade prática

Em 1902, Ellen G. White escreveu: “Todo cristão deve ser o que Cristo foi em Sua vida nesta Terra. Ele é nosso exemplo, não apenas em Sua pureza imaculada, mas em Sua paciência, mansidão, e disposição cativante” (Ellen G. White, Signs of the Times, 16 de julho de 1902). Essas palavras lembram o apelo de Paulo aos filipenses: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2:5).

3. Leia Efésios 4:25–5:2 e Colossenses 3:1-17. Em quais áreas da nossa vida somos chamados a mostrar nossa fidelidade a Jesus? Como devemos testemunhar do evangelho de Jesus publicamente?

Muitas outras passagens das Escrituras encorajam os cristãos a seguir o exemplo de Jesus e a ser testemunhas vivas da graça de Deus para outros. Também somos incentivados a buscar o bem-estar das outras pessoas (Mt 7:12); a suportar os fardos uns dos outros (Gl 6:2); a viver na simplicidade; a concentrar-nos na espiritualidade interior em lugar da ostentação externa (Mt 16:24-26; 1Pe 3:3, 4); e a seguir hábitos de vida saudáveis (1Co 10:31).
“Amados, insisto em que, como estrangeiros e peregrinos no mundo, vocês se abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma. Vivam entre os pagãos de maneira exemplar para que, naquilo em que eles os acusam de praticarem o mal, observem as boas obras que vocês praticam e glorifiquem a Deus no dia da Sua intervenção” (1Pe 2:11, 12, NVI). Com que frequência subestimamos o impacto do caráter cristão sobre aqueles que nos observam? A paciência manifestada em momentos de aborrecimento; uma vida disciplinada em meio a tensão e conflitos; e a gentileza em resposta à impaciência e às palavras ríspidas são marcas do espírito de Jesus que somos encorajados a imitar. Ao testemunharmos juntos a este mundo, que compreende o caráter de Deus de maneira equivocada, nós, adventistas do sétimo dia, tornamo-nos uma força para o bem e para a glória de Deus. Como representantes de Cristo, os cristãos devem ser conhecidos não só por sua retidão moral, mas também por seu interesse prático pelo bem-estar dos outros. Se nossa experiência religiosa é genuína, ela será revelada e terá um impacto sobre o mundo. Um corpo unificado de cristãos que revelem o caráter de Cristo ao mundo será, de fato, um testemunho poderoso.

Qual tem sido seu testemunho às pessoas? O que em sua vida faz com que elas desejem seguir Jesus?

Ano Bíblico: 2Co 5–7
Quarta-feira
Unidade em meio à diversidade

Em Romanos 14 e 15, o apóstolo Paulo tratou de questões que estavam dividindo profundamente a igreja em Roma. Ele encorajou os romanos a mostrar tolerância e paciência uns aos outros e não dividir a igreja por causa desses assuntos. O que podemos aprender com seu conselho?

4. Leia Romanos 14:1-6. Quais questões de consciência fizeram com que os cristãos de Roma julgassem e não se associassem uns com os outros?

É muito provável que essas questões estivessem relacionadas com a impureza cerimonial judaica. De acordo com Paulo, eram “contendas sobre dúvidas” (Rm 14:1, ARC), indicando que não eram questões de salvação, mas de opinião, que deveriam ter sido deixadas por conta da consciência individual de cada um (veja Rm 14:5).
Primeiramente, esses debates foram a respeito do tipo de comida consumida. Paulo não abordou na ocasião o problema de comer animais proibidos em Levítico 11. Não há evidências de que os primeiros cristãos começaram a comer carne de porco ou outros animais imundos durante os dias de Paulo, e sabemos que Pedro também não comeu esses alimentos (veja At 10:14). Além disso, o fato de os fracos comerem apenas vegetais (Rm 14:2) e de o debate envolver também a questão das bebidas (Rm 14:17, 21) indica que o assunto se concentrava na impureza cerimonial. Isso se torna mais evidente pelo uso da palavra “impura” (koinos), em Romanos 14:14. Essa palavra é usada na antiga tradução grega do Antigo Testamento para se referir a animais impuros, e não aos animais imundos de Levítico 11. Aparentemente, havia pessoas na comunidade romana que não participavam das refeições comunitárias porque não estavam convencidas de que os alimentos houvessem sido adequadamente preparados nem de que não tinham sido sacrificados aos ídolos.
O mesmo ocorre com a observância de alguns dias. A questão não se refere à observância semanal do sábado, pois sabemos que Paulo o observava regularmente (At 13:14; 16:13; 17:2). Provavelmente, essa seja uma referência aos vários dias de festas judaicas ou de jejum. A intenção de Paulo nesses versículos era incentivar a tolerância para com os que eram sinceros e conscienciosos na observância desses rituais, desde que não pensassem neles como um meio de salvação. A unidade entre os cristãos é manifestada na paciência e na tolerância mesmo quando não concordamos em alguns pontos, especialmente quando esses pontos não são essenciais à nossa fé.

Existe alguma crença ou prática dos adventistas do sétimo dia que não é exigida dos membros da igreja?

Ano Bíblico: 2Co 8–10

Quinta-feira
Unidade na missão

5. Compare o ânimo dos discípulos durante a Ceia do Senhor, em Lucas 22:24, com o que tiveram pouco antes da experiência do Pentecostes, em Atos 1:14 e 2:1, 46. O que fez tanta diferença na vida deles?

Em Atos 1:14 e 2:46, a expressão “perseveravam unânimes” também significa “perseveravam com uma só mente”. Isso aconteceu porque os discípulos estavam reunidos em um lugar, em oração, buscando o cumprimento da promessa de Jesus de lhes enviar o Consolador.
Enquanto esperavam, para eles teria sido fácil criticar uns aos outros. Alguns poderiam ter mencionado o fato de Pedro ter negado Jesus (Jo 18:15-18, 25-27) e a dúvida de Tomé quanto à ressurreição de Cristo (Jo 20:25). Eles poderiam ter se lembrado do pedido de João e Tiago, que solicitaram as posições mais poderosas no reino de Jesus (Mc 10:35-41), ou de que Mateus havia sido um desprezado coletor de impostos (Mt 9:9).
No entanto, “esses dias de preparo foram de profundo exame de coração. Os discípulos sentiram sua necessidade espiritual e suplicaram do Senhor a santa unção que os devia capacitar para a obra da salvação. Não suplicaram essas bênçãos apenas para si. Sentiam a responsabilidade que pesava sobre eles. Compreendiam que o evangelho devia ser proclamado ao mundo e clamavam pelo poder que Cristo havia prometido” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 37).
A comunhão entre os discípulos e a intensidade de suas orações os prepararam para a importante experiência do Pentecostes. Quando se aproximaram de Deus e abandonaram suas diferenças pessoais, os discípulos foram preparados pelo Espírito Santo para se tornarem testemunhas destemidas e ousadas da ressurreição de Jesus. Eles sabiam que Cristo tinha perdoado suas muitas falhas, e isso lhes deu coragem para avançar. Sabiam o que Jesus tinha feito por eles. Conheciam a promessa de salvação encontrada Nele e, portanto, “a ambição dos cristãos era revelar a semelhança do caráter de Cristo, bem como trabalhar pelo desenvolvimento de Seu reino” (Ibid., p. 48). Não é de admirar que o Senhor tenha feito coisas poderosas por meio deles. Que lição para nós como igreja hoje!

É sempre muito fácil encontrar coisas erradas na vida de outras pessoas. Como podemos deixar de lado os erros dos outros em favor de uma causa maior: fazer a vontade de Deus em uma igreja unida?
Ano Bíblico: 2Co 11–13
Sexta-feira
Estudo adicional

Leia, de Ellen G. White, “Unidade na Diversidade”, p. 98-103, em Evangelismo.
“As Escrituras ilustram como o Espírito Santo guiava a igreja primitiva em seu processo de tomada de decisão. Isso acontecia pelo menos de três maneiras intimamente interligadas: as revelações (por exemplo, o Espírito dizia às pessoas o que fazer: Cornélio, Ananias e Filipe; e, talvez, o lançamento de sortes), as Escrituras (a igreja chegava a uma conclusão por meio da Bíblia) e o consenso (o Espírito atuava na comunidade quase que imperceptivelmente, criando um consenso mediante diálogo e estudo e, por fim, a igreja percebia que o Espírito estava atuando nela). Diante de conflitos culturais, doutrinários e teológicos entre a comunidade de cristãos, o Espírito Santo atuou por meio do consenso no processo de tomada de decisão da igreja. Nesse processo, vemos a função ativa da comunidade de cristãos, não apenas de seus líderes, e também a importância de pedir a Deus discernimento. Percebemos a direção do Espírito Santo em toda a compreensão da comunidade sobre a Palavra de Deus, em sua experiência e em suas necessidades, e na experiência de seus líderes ao ministrarem. As várias decisões da igreja foram tomadas mediante um processo guiado pelo Espírito Santo, em que as Escrituras, a oração e a experiência foram elementos de reflexão teológica” (Denis Fortin, “The Holy Spirit and the Church”, em Ángel Manuel Rodríguez, ed., Message, Mission e Unity of the Church, p. 321, 322).

Perguntas para discussão
1. Como decidimos quais são os ensinamentos e práticas essenciais para nós, adventistas do sétimo dia, e quais não são?
2. Como devemos nos relacionar com cristãos de outras denominações que, como nós, acreditam na morte e ressurreição de Jesus?

Resumo:
A mais convincente prova de unidade é amar uns aos outros como Jesus nos amou. O perdão dos pecados e a salvação que compartilhamos, como adventistas, são os melhores vínculos dessa comunhão. Podemos mostrar ao mundo nossa unidade e testemunhar de nossa fé.
Ano Bíblico: Gl 1–3

Ano Bíblico: 2Co 1–4