" Ide por todo o mundo e pregai o evangelho
          Marcos 16:15
Jesuseapalavra.com
Copyright©Todos os Direitos Reservados 2007-2018 Jesuseapalavra.com
Marcos 16:15
Lição da Escola Sabatina
 
Deus criou…
Sábado à tarde
Domingo
Deus: um vislumbre da criação

Este mundo e a vida que há nele; a vida das pessoas ao redor e o modo como interagimos com elas; nossa própria vida e a melhor maneira de vivê-la – tudo começa com Deus, porque “Nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28).
Eis o início da história bíblica: “No princípio criou Deus os céus e a Terra” (Gn 1:1). O fato de que Ele chamou a Terra à existência por Sua palavra mostra um poder e um processo que nem podemos começar a imaginar.
No entanto, Deus não criou à distância; Ele estava intimamente envolvido especialmente no que diz respeito à criação do primeiro ser humano (veja Gn 2:7).

1. Leia a história da criação dos primeiros seres humanos em Gênesis 1:26–31. Quais coisas importantes esse relato revela sobre Deus? E sobre as pessoas?
A. (  ) Deus criou a Terra de maneira ordenada e designou o homem, feito à Sua semelhança, para cuidar de todas as outras criaturas e viver em harmonia com com elas.
B. (  ) Deus criou por meio da evolução, visto que não há ordem em Sua criação.

Dizem que aprendemos muito sobre Deus quando passamos tempo na natureza, observando Sua criação e vendo nela aspectos do caráter do  Criador. Mas também podemos ter vislumbres de como Ele criou o mundo quando examinamos nossa compreensão do próprio Deus. Por exemplo, se o Senhor é um Deus de ordem, devemos encontrar ordem em Sua criação. Ou se cremos que o Senhor é criativo, não devemos nos surpreender ao encontrar exemplos incríveis de criatividade no mundo que Ele criou.
De maneira semelhante, cremos que o Senhor é um Ser social e, portanto, consideramos os relacionamentos um elemento central na maneira pela qual Deus criou o mundo. Cada elemento do mundo foi criado em conexão com o restante da criação. Ele criou animais em harmonia relacional. Ele criou os seres humanos em um relacionamento com Ele mesmo, com os outros e com o restante da criação.
Embora nossa compreensão de Deus seja limitada em muitos aspectos, o que podemos aprender de Seu caráter deve nos levar a reconsiderar como o mundo deveria ser.

É útil ver o mundo como um reflexo do caráter de Deus, mesmo com a evidente devastação causada pelo pecado?
Ano Bíblico: Sl 86-89
Ano Bíblico: Sl 81-85
Segunda-feira
Ano Bíblico: Sl 90-99
Terça-feira
Mordomos da Terra

De acordo com o registro bíblico, o Jardim do Éden e a recém-criada Terra eram lugares de abundância e fartura, criados para que a vida florescesse e especialmente para que o ser humano fosse feliz.
Mas Deus também deu ao primeiro casal, e ao restante dos que viriam depois dele, uma função em Sua criação. Tendo como base o Seu método de criação, rapidamente se torna evidente que Adão e Eva deveriam ter um status especial nesse novo mundo.
Adão primeiramente recebeu a tarefa de nomear os animais e os pássaros (Gn 2:19). Em seguida ele recebeu outra função apresentada como uma bênção do próprio Deus: “E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a Terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra” (Gn 1:28).

3. Leia e compare Gênesis 1:28 e 2:15. Em uma frase, como podemos descrever a tarefa do ser humano?

Muitas vezes, na história cristã, Gênesis 1:28 tem sido usado como uma licença para explorar e até mesmo para destruir o mundo natural. Obviamente o mundo foi criado para a vida, benefício e prazer da humanidade. Mas a responsabilidade humana é “cuidar dele e cultivá-lo”
(Gn 2:15; NVI).
Quando falamos sobre mordomia, frequentemente pensamos em  dinheiro. Mas o primeiro mandamento de mordomia na Bíblia é a instrução para cuidar da Terra que Deus criou. A ordem dada a Adão e Eva também previa que a Terra fosse compartilhada com seus filhos e com as futuras gerações. No plano original, o mundo criado continuaria sendo uma fonte de vida, bondade e beleza para todo ser humano, e Adão e Eva teriam uma grande função no cuidado do mundo.
A Terra ainda é do Senhor (Sl 24:1), e somos chamados a ser mordomos de tudo o que Ele nos concedeu. Podemos também concluir que, em um mundo decaído, nossa responsabilidade como mordomos é ainda maior.

O que significa ser um mordomo da Terra hoje, neste mundo caído? Como a percepção dessa responsabilidade deve influenciar sua maneira de viver?
Ano Bíblico: Sl 100-105
Quarta-feira
Um mundo arruinado

Deus deu a Adão e Eva algo que Ele não deu a nenhuma outra criatura da Terra: a liberdade moral. Eles eram seres morais de uma forma que as plantas e animais jamais poderiam ser. Deus valoriza tanto essa liberdade moral que permitiu que Seu povo escolhesse desobedecer. Ao fazer isso, Ele arriscou tudo o que havia criado com o objetivo maior de ter com Suas criaturas humanas um relacionamento fundamentado no amor e no livre-arbítrio.
Visto que essa liberdade moral também existia para os anjos, havia também um destruidor, alguém que desejava perturbar o mundo bom e pleno que Deus havia criado. O anjo rebelde buscou usar a criatura especial de Deus na Terra – o ser humano – para realizar seu objetivo. Falando por meio da serpente, o diabo questionou a plenitude e suficiência daquilo que Deus havia concedido (veja Gn 3:1-5). A principal tentação foi cobiçar mais do que o Senhor lhes tinha dado, duvidar de Sua bondade e confiar em si mesmos.
Nessa escolha foram arruinados os relacionamentos como Deus havia projetado. Adão e Eva não mais desfrutaram do relacionamento com o Criador para o qual haviam sido planejados (Gn 3:8-10). Esses dois seres humanos de repente perceberam que estavam nus e envergonhados, e o relacionamento entre eles foi alterado de forma quase irreparável. Sua interação com o restante da Terra também foi arruinada e se tornou hostil.

4. Leia Gênesis 3:16-19. O que esses versículos revelam sobre a modificação nas relações entre o ser humano e o mundo natural? Assinale a alternativa correta:
A. (  ) A relação entre o homem e a natureza tornou-se melhor.
B. (  ) Não mais havia harmonia entre o homem e o mundo natural.

Por causa do pecado, a vida ficou muito mais difícil. As consequências foram reais, especialmente porque afetaram a humanidade e seus relacionamentos. Em certo sentido, estamos distantes de Deus, o Criador. Nossa família também é afetada em muitos aspectos e, frequentemente, nosso relacionamento com os outros é um desafio. Lutamos até em relação ao ambiente natural e ao mundo em que vivemos. Todas as facetas da vida mostram a ruína causada pelo pecado.
Mas Deus não criou o mundo para que ele fosse assim. As “maldições” de Gênesis 3 vêm acompanhadas da promessa de que Deus recriaria nosso mundo e repararia os relacionamentos arruinados pelo pecado. Enquanto lutamos contra o pecado e seus efeitos, somos chamados a preservar a bondade original do mundo e a viver o plano que Deus tem para ele.
Ano Bíblico: Sl 106-110
Quinta-feira
A rede familiar da humanidade

Com a entrada do pecado, não demorou muito para que o mundo “desmoronasse” ainda mais. Provocado pelo ciúme, incompreensão e ira, o primeiro assassinato envolveu os dois primeiros irmãos. Quando Deus questionou Caim sobre seu pecado, a resposta dele provavelmente tenha sido irônica e retórica: “‘Acaso, sou eu tutor de meu irmão?’” (Gn 4:9). A resposta inferida da pergunta inicial de Deus foi: “Sim, com certeza você é tutor do seu irmão”.

5. Leia Provérbios 22:2. O que está implícito nessa afirmação aparentemente simples? O que isso revela sobre nosso relacionamento com os semelhantes?

Cada pessoa que encontramos é uma criatura de Deus, criada à Sua imagem, e ela faz parte da rede de relacionamentos que une a todos no mundo que Ele formou, embora a criação esteja fragmentada e arruinada. “Achamo-nos entretecidos na teia humana. O mal que sobrevém a qualquer parte da grande fraternidade humana põe todos em perigo” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 345). Gostemos ou não disso, por causa desse elo comum, Deus nos deu uma responsabilidade para com Ele e em relação aos outros (Mt 22:37-39).
Em toda a Bíblia, é recorrente a afirmação de que Deus é o nosso Criador. Por exemplo, essa é uma das razões dadas para que nos lembremos do sábado (Êx 20:11) e para que adoremos a Deus no tempo do fim (Ap 14:7). É também uma motivação primária para que nos importemos com outras pessoas e nos interessemos pelos menos afortunados.
Estamos todos unidos pelo vínculo da nossa origem comum em Deus. “O que oprime ao pobre insulta Aquele que o criou, mas a Este honra o que se compadece do necessitado” (Pv 14:31). Esse vínculo poderia ser mais claro?
Deus, como nosso Criador, tem um direito sobre nós que requer a dedicação de toda a nossa vida, inclusive nossa adoração, serviço e cuidado pelos outros. Somos, de fato, “tutores” do nosso irmão, por mais difícil, frustrante e inconveniente que isso seja.

Em sua opinião, por que as reivindicações de Deus como Criador são um tema recorrente em toda a Bíblia? Por que isso é tão importante? Como essa realidade deve influenciar nossa maneira de tratar os outros?
Ano Bíblico: Sl 111-118
Sexta-feira
Estudo adicional

Texto de Ellen G. White: Patriarcas e Profetas, p. 44-51 (“A Criação”).
“‘Deus é amor’ (1Jo 4:8). Sua natureza, Sua lei são amor. Assim sempre foi; assim sempre será. ‘O Alto e o Sublime, que habita a eternidade’ (Is 57:15), cujos caminhos ‘são eternos’ (Hc 3:6), não muda. Nele ‘não pode existir variação ou sombra de mudança’ (Tg 1:17)” [...].
“Toda manifestação de poder criativo é uma expressão de amor infinito. A soberania de Deus compreende a plenitude de bênçãos a todos os seres criados” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 33).
“Se os homens cumprissem seu dever como fiéis mordomos dos bens de Deus, nenhum clamor haveria por pão, nenhum sofredor em penúria, nenhum desagasalhado em necessidade. É a infidelidade dos seres humanos que gera o estado de sofrimento em que está mergulhada a humanidade. [...] Deus fez dos homens Seus mordomos, e não deve ser feito responsável pelos sofrimentos, miséria, desamparo e necessidades da humanidade”
(Ellen G. White, Beneficência Social, p. 16).

Perguntas para discussão
1. Analise a última declaração de Ellen White acima. Quem é responsável por grande parte da pobreza que vemos? O que isso revela sobre a importância da mordomia fiel?
2. Durante milhares de anos o pecado tem arruinado a Terra. Apesar disso, ainda é possível ver o amor divino na criação? Considerando nossa fé no Criador, como podemos ajudar os outros a ver a bondade na Sua criação?
3. O que significa a palavra mordomia? A lição desta semana expandiu seu pensamento sobre o que é ser um mordomo, especialmente quando somos chamados por Deus?
4. Se nos lembrássemos de que todas as pessoas foram “criadas por Deus à Sua imagem”, nossa maneira de tratá-las seria diferente?

Resumo:
Deus criou um mundo bom e perfeito e designou o ser humano, criado à Sua imagem, para cuidar da criação. Embora o pecado tenha arruinado os relacionamentos que Deus originalmente planejou para nós, ainda temos uma função a desempenhar como mordomos da criação e cuidadores de nossos semelhantes. Cumprir essa função é uma forma de honrar a Deus como Criador.
Ano Bíblico: Sl 119
VERSO PARA MEMORIZAR: “O que oprime ao pobre insulta Aquele que o criou, mas a Este honra o que se compadece do necessitado” (Pv 14:31)

LEITURAS DA SEMANA: Gn 1–3; 4:1-9; At 17:28; Sl 24:1; 148; Mt 22:37-39; Ap 14:7

Você já se esforçou para criar algo (talvez uma obra de arte ou artesanato, uma refeição ou alguma outra obra criativa) que simplesmente foi quebrada ou rejeitada pela pessoa a quem você o deu? Se a resposta for afirmativa, você tem apenas um pequeno vislumbre do que Deus vivenciou quando criou o mundo e deu vida ao ser humano apenas para ver depois Sua criação destruída pelo pecado.
A Bíblia afirma que o mundo foi criado cuidadosamente e que tudo era “muito bom”. O sentimento de Deus em relação à Sua criação é evidente nos relatos de Gênesis 1 e 2. Esse é o contexto em que devemos ler a história da queda em Gênesis 3 e a tristeza Dele quando confrontou as pessoas que havia criado.
Surpreendentemente, Deus continua amando nosso mundo, apesar de milênios de pecado, violência, injustiça e completa revolta. E ainda mais admirável é que, quando pôs em ação Seu plano para redimir e recriar o mundo, Deus nos deu, como cristãos, funções a desempenhar no cumprimento de Seus planos maiores. Somos os recebedores de Sua graça; mas, com a graça recebemos também uma obra como colaboradores do nosso Senhor. Que responsabilidade solene e sagrada!
Um mundo pleno

É fácil sentir saudades do Éden. Nas breves descrições do jardim que Deus criou como lar para Adão e Eva, há algo que desperta saudade e desejo em nosso coração. Podemos não entender como esse mundo funcionava, mas sentimos que gostaríamos de experimentá-lo.
Parece que Deus também teve o sentimento de satisfação e plenitude: “Viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gn 1:31). Deus fez algo ao mesmo tempo belo e funcional. O projeto era extraordinário, tanto na forma quanto na praticidade. Era cheio de vida e cor, mas também repleto de tudo que era necessário para que a vida florescesse. Não é de admirar que Deus continuasse parando para refletir e expressar que o mundo que Ele estava criando era bom.

2. Leia Gênesis 1. O que significa a repetida declaração de que “Deus viu que era bom”? Veja Gn 1:4, 10, 12, 18, 25, 31

Embora escrita inteiramente após a queda, a Bíblia está repleta de celebrações do mundo natural, como em Jó 38 a 41 e Salmo 148. Devemos lembrar que essas celebrações não foram escritas como um vislumbre do mundo em sua forma original antes do pecado; elas foram escritas no tempo verbal presente, celebrando a bondade que ainda é evidente em nosso mundo.
Jesus também extraiu do mundo natural exemplos da bondade e do cuidado de Deus (veja, por exemplo, Mt 6:26, 28-30), recomendando nossa confiança Nele e a apreciação das simples dádivas que nos deixam admirados. Se abrirmos nossos olhos e observarmos as grandezas da criação, poderemos ver que somos verdadeiramente os recebedores dos maravilhosos presentes do Criador. Nossa resposta, mesmo em meio às provações, deve ser de gratidão e humilde entrega.
Como adventistas do sétimo dia – que celebram a criação e esperam o futuro reino de Deus – devemos perceber que as belezas, alegrias e bondade que vemos e experimentamos no mundo são vislumbres do que nosso mundo já foi e do que ele será novamente.

Em sua experiência com o mundo natural, o que você mais aprecia quanto às maravilhas da criação? Como você pode conhecer melhor o Senhor por meio dessas obras divinas?